Roberto Martínez e o momento de Portugal: “O máximo nível só chegará ao fim de três jogos”

Seleccionador voltou a sublinhar a importância de misturar experiência e irreverência, mas não abriu o jogo sobre o sistema que vai utilizar no arranque do Euro 2024.

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Roberto Martínez, selecionador nacional MIGUEL A. LOPES / LUSA
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Os dois pilares que perpassam a sala de conferências de imprensa da Leipzig Arena são um obstáculo visual entre os protagonistas e muitos dos jornalistas que acorreram à antevisão do primeiro jogo da selecção de Portugal no Euro 2024. É sinal de que a procura foi muita e que a "bancada central" foi insuficiente. Será também sinal de que é encarada como uma das favoritas? "Não acho que sejamos", atira Ruben Dias. "Precisamos de acreditar", atalha Roberto Martínez.

A informação é preciosa em momentos como este e mantê-la num círculo fechado é uma prioridade para Roberto Martínez. Como vai jogar Portugal diante da República Checa, na terça-feira (20h)? "Só precisam de esperar 24 horas. É muito claro o que queremos fazer, mas ainda não falei com os jogadores". Falou com um, na verdade, como revelaria logo a seguir. "Posso dizer só que o Diogo Costa vai estar na baliza. Os guarda-redes precisam de uma preparação diferente antes dos jogos".

Falta conhecer os restantes 10 titulares, mas enquanto não são divulgados os "onzes" iniciais ficamos a saber que todos os jogadores estão aptos e que a mistura entre experiência e juventude "é essencial". "Cristiano e Pepe dão-nos uma experiência que não há noutro balneário, e depois temos João Neves e Francisco Conceição que estão a mostrar uma influência importante para nós durante os jogos. Essa mistura é necessária".

Necessário para bater a República Checa vai ser, segundo Roberto Martínez, a capacidade que Portugal terá de mostrar valências com bola e valências psicológicas, na forma como reagirá à adversidade. "Ainda não temos o máximo nível, o máximo nível só poderá chegar ao fim dos três jogos", enquadra.

Isto responde também à questão do eventual favoritismo. "Precisamos de sonhar, de acreditar, mas também temos a responsabilidade de jogar bem. O jogo de amanhã é o momento para mostrar trabalho, mas depois dos três primeiros jogos podemos avaliar se podemos ir mais longe ou não", insistiu o treinador que nasceu numa sexta-feira 13 e, por isso, não tem superstições, mas que trouxe sete camisas para a Alemanha. E não apenas três.

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