Só não há cessar-fogo em Gaza se Israel não quiser

Neste P24 ouvimos Joana Ricarte, especialista em Médio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a proposta dos EUA para um acordo de cessar-fogo em Gaza. A Rússia absteve-se na votação e 14 dos 15 membros do conselho votaram a favor.

O Hamas reagiu a esta votação, afirmando estar disponível para colaborar como os mediadores na aplicação deste plano de cessar-fogo, mas Israel ainda não se pronunciou.

Este plano tem três fases e pressupõe o cessar-fogo permanente em Gaza, a retirada total das tropas israelitas, a troca de prisioneiros e, claro está, a entrega dos reféns nas mãos do grupo terrorista.

Os EUA tentam com este plano pressionar o primeiro-ministro israelita a terminar a ofensiva e a aceitar um cessar-fogo. Mas os aliados mais radicais de Benjamin Netanyahu ameaçam fazer cair o governo caso este aceite o acordo de paz.

Esta será a última tentativa de Joe Biden de colocar sobre Benjamin Netanyahu o ônus da aceitação ou não do plano, o que obviamente aumenta a pressão da opinião pública. Caso Netanyahu o recuse, fica claro que quem não quer um cessar-fogo é o primeiro-ministro de Israel.

É isto e muito mais o que nos explica Joana Ricarte, especialista em Médio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra.


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