Jasmine Paolini passa ao nível seguinte em Roland-Garros

Na variante masculina, esta sexta-feira Alexander Zverev decide com Casper Ruud um lugar na final de Roland-Garros.

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Jasmine Paolini vai pela primeira vez discutir o acesso à final de um major Lisi Niesner/Reuters
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Pela primeira vez na Era Open, a Itália vai ter representantes simultaneamente nas meias-finais de singulares masculinos e femininos de um torneio do Grand Slam. Um dia depois de Jannik Sinner ultrapassar os quartos-de-final de Roland-Garros e ver confirmada a ascensão ao primeiro lugar do ranking mundial, foi a vez de Jasmine Paolini ver os seus recentes progressos resumidos a uma vitória inédita que irá colocá-la, aos 28 anos, a discutir o acesso à final de um major.

“Comecei a jogar melhor, com mais consistência, em Julho passado e, a cada encontro, convenci-me que podia jogar a um nível mais alto, mas foi um processo. Sempre que entro no court digo a mim mesmo que tenho uma hipótese de vencer; antes, pensava que precisava de um milagre para ganhar às adversárias do top”, explicou Paolini, depois de derrotar Elena Rybakina (4.ª), por 6-2, 4-6 e 6-4. Rybakina revelou grande dificuldade em lidar com a capacidade defensiva e de entrega da adversária e acabou o confronto com 48 erros não forçados, metade dos pontos ganhos pela italiana (97).

Pouco depois, Paolini apurou-se para as meias-finais de pares femininos, ao lado da compatriota Sara Errani, nove anos mais velha e um centímetro mais alta (1,64 metros). Paolini é a quinta tenista neste século a estrear-se nas meias-finais de um Grand Slam depois dos 28 anos e, na meia-final, terá como adversária Mirra Andreeva, a mais jovem semifinalista num major desde Martina Hingis, em 1997.

Andreeva é igualmente a mais jovem a derrotar uma top 2 num Grand Slam desde Jelena Dokic, que bateu Hingis no torneio de Wimbledon em 1999. Em Roland-Garros, a última a assinar tal feito foi Monica Seles que derrotou Steffi Graf na final de 1990.

A russa, radicada no Sul de França e treinada pela antiga campeã de Wimbledon, Conchita Martinez, soube aproveitar o dia menos bom de Aryna Sabalenka (2.ª). Diminuída fisicamente por um problema de saúde – que até a impediu de dar a habitual conferência de imprensa – a bielorrussa não conseguiu tirar partido do seu forte serviço, esteve muito inconsistente e por vezes nem corria às bolas. Mesmo assim e depois de ingerir alguns medicamentos, apelou a todas as forças para recuperar de 3-5 no primeiro set, mas acabou por ceder à maior determinação da jovem adversária, ao fim de duas horas e meia de jogo: 6-7 (5/7), 6-4 e 6-4. “Até me esqueci do resultado… quando foi o segundo match-point, tentei imaginar que estava a salvar um break-point e tentei jogar de forma corajosa e consegui ganhar”, revelou Andreeva.

Na primeira meia-final (14 horas em Portugal), Iga Swiatek (1.ª) defronta Coco Gauff (3.ª).

A fechar a jornada, Alexander Zverev (4.º) venceu Alex de Minaur (11.º), por 6-4, 7-6 (7/5) e 6-4, e qualificou-se pelo quarto ano consecutivo para as meias-finais, onde vai, na sexta-feira, defrontar Casper Ruud (7.º).

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