Trust in News, dona da Visão e Exame, pede acesso ao PER para evitar falência

Grupo editorial proprietário das revistas Visão e Exame fez um pedido de acesso ao Plano Especial de Revitalização. Luís Delgado admite “situação crítica”.

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Grupo Trust in News pede acesso ao PER para evitar falência Nuno Ferreira Santos
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A Trust in News (TIN), grupo de comunicação social português detido por Luís Delgado, proprietário das revistas Visão, Exame ​e Caras, entre outros títulos, apresentou um pedido de acesso ao Plano Especial de Revitalização (PER) ao Juízo de Comércio de Sintra.

O PER é um regime que protege uma empresa em situação financeira difícil perante os seus credores, permitido a renegociação dívidas, de modo a evitar a falência.

“A Trust in News submeteu ao Juízo de Comércio de Sintra um Plano Especial de Revitalização (PER). Aguardamos decisão”, anunciou a administração do grupo editorial num comunicado a que o PÚBLICO teve acesso.

"Este instrumento de gestão foi pedido após uma análise cuidadosa da nossa situação financeira, com o objectivo de garantir a sustentabilidade e estabilidade a curto e longo prazo”, prossegue a administração.

Em Janeiro, o PÚBLICO noticiou atrasos no pagamento dos salários aos trabalhadores das publicações do grupo. Na altura, a delegada sindical da Visão, Clara Teixeira, denunciava atrasos nos vencimentos de Novembro e de Dezembro, bem como no subsídio de Natal. A situação encontrava-se em fase de resolução no início deste ano.

Já esta semana, o Expresso citava um e-mail que Luís Delgado enviou aos trabalhadores onde reconhecia uma "situação crítica", declarando-se contudo "totalmente focado em garantir o sucesso da reestruturação" necessária à viabilidade da empresa.

“O ano de 2024 arrancou mal, é verdade, e vocês estão a sofrer directamente esse impacto - que é insustentável e inaceitável - mas não vamos desistir nem desertar”, prosseguia Delgado, referindo-se aos salários em atraso.

Por agora, a administração garante que a empresa, que detém ainda o Courrier Internacional, a Activa e a Exame Informática, continuará a funcionar normalmente.

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