Época do United salva em Wembley por dois adolescentes

A equipa de Bruno Fernandes e Diogo Dalot derrotou o Manchester City, por 2-1, e conquistou a 143.ª edição da Taça de Inglaterra.

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Bruno Fernandes e Erik Ten Hag com a Taça de Inglaterra Andrew Couldridge / ACTION IMAGES VIA REUTERS
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Em Portugal, será preciso esperar até ao final da tarde deste domingo para se saber se será o Sporting ou o FC Porto a conquistar a Taça, mas, em vários países da Europa, neste sábado foi dia de atribuir o segundo troféu na hierarquia das competições nacionais. O confronto mais mediático aconteceu em Wembley, onde a 143.ª edição da Taça de Inglaterra resultou numa surpresa: num derby de Manchester em Londres, o United surpreendeu o City (2-1). Menos inesperadas, foram as conquistas de Paris Saint-Germain, Bayer Leverkusen, Celtic e Panathinaikos.

Cento e trinta e três anos depois de se terem defrontando pela primeira vez, numa pré-eliminatória da Taça da Inglaterra, United e City chegaram a Wembley com níveis apostos de auto-estima: os “citizens” ainda a celebrarem o sexto título de campeão em sete anos (quatro consecutivos); os “red devils” em risco de nem conseguirem na próxima temporada disputar uma prova europeia. Porém, no final, o 193.º derby de Manchester pendeu para o lado de quem não tinha o favoritismo.

Com Bernardo Silva na equipa de Pep Guardiola – Rúben Dias e Matheus Nunes foram suplentes não utilizados –, e Diogo Dalot e Bruno Fernandes no “onze” escolhido por Erik Ten Hag, o duelo em Londres teve o guião que se previa: o City a abusar da posse de bola (73%) na primeira parte. Porém, o domínio dos campeões ingleses resultou numa mão cheia de nada e, ao intervalo, a primeira derrota da equipa de Guardiola em 2024 já se desenhava - a eliminação da Liga dos Campeões diante do Real Madrid foi nas grandes penalidades após dois empates.

Perante um rival com previsibilidade a mais, o United soube aproveitar os erros do City e, aos 30’, uma oferta de Gvardiol e de Ortega não foi desperdiçada pelo jovem argentino Alejandro Garnacho, que só teve de empurrar para o fundo da baliza. Nove minutos depois, Bruno Fernandes lançou outro adolescente de 19 anos (o médio Kobbie Mainoo), que fez o 2-0.

Com dois golos de vantagem, os “red devils” recuaram e aguentaram a pressão do City, que ainda acertaram na barra (Erling Haaland, aos 55’) e em Onana, que travou dois remates perigosos de Kyle Walker. Perto do minuto 90, o belga Jérémy Doku ainda conseguiu relançar o jogo e fazer o único golo dos “citizens”, mas, mesmo com sete minutos de descontos, a equipa de Guardiola não conseguiu impedir a vitória do United.

Apesar da conquista em Wembley, que atenua o 8.º lugar na Premier League – a pior classificação do clube no campeonato inglês desde 1990 – e garante um lugar na Liga Europa, o The Guardian garantiu que a vitória na Taça de Inglaterra não evitará o despedimento de Erik Ten Hag, surgindo Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino como os candidatos mais fortes a ocuparem o lugar do neerlandês.

Ainda por terras britânicas, mas um pouco mais a Norte, no Hampden Park, em Glasgow, houve outro clássico do futebol europeu na final da Taça da Escócia. No “Old Firm” – duelo entre Celtic e Rangers -, foi preciso esperar pelo minuto 90 para surgir o golo que decidiu a partida: lançado aos 78’, o médio Paulo Bernardo, emprestado pelo Benfica ao Celtic, rematou forte de fora da área, obrigando Jack Butland a uma defesa incompleta, e, a recarga, o ponta de lança irlandês Adam Idah só teve de encostar, fazendo o 1-0 final.

Em França, num jogo marcado por alguns confrontos em Lille entre adeptos do Paris Saint-Germain e Lyon, imperou a lei do mais forte e a equipa parisiense juntou ao campeonato a Taça.

Com Nuno Mendes e Vitinha a titulares na equipa da capital francesa – Danilo e Gonçalo Ramos não saíram do banco – e com Anthony Lopes como suplente no Lyon, o PSG chegou ao intervalo a vencer por 2-0 – golos de Dembelé e Ruiz -, mas um golo de Jake O’Brien aos 55’ ainda manteve a incerteza até final, não evitando a dobradinha para a equipa treinada por Luis Enrique.

Na Alemanha, já sem o estatuto de intocáveis após perder a meio da semana na final da Liga Europa contra a Atalanta, o Bayer Leverkusen completou a época perfeita a nível interno, derrotando o Kaiserslautern, por 1-0. Na Grécia, o duelo entre Panathinaikos e o Aris Salónica teve três expulsões, mas bastou um golo de Vagiannidis, aos 90’+7’, para assegurar à equipa de Atenas a vitória, por 1-0, e a conquista da Taça helénica.

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