Moedas sobre o aeroporto: “Foi a solução que sempre defendi”

Presidente da Câmara de Lisboa diz que esta era já a sua escolha “enquanto engenheiro e cidadão”. Recorda ainda que a Portela está já muito congestionada. E diz-se “muito feliz” por ligação a Madrid.

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Carlos Moedas frisa que o Aeroporto Humberto Delgado está já "muito congestionado" e isso tem consequências ambientais Daniel Rocha
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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa confessa estar muito satisfeito pela escolha de Alcochete para localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, anunciada pelo Governo ao final do dia de terça-feira. “Foi a solução que sempre defendi, quer como engenheiro, quer como cidadão”, declarou aos jornalistas, nos Paços do Concelho, ao início da tarde desta quarta-feira, momento em que revelou ainda total concordância com a decisão de se fazer a ligação em alta velocidade entre a capital portuguesa e Madrid e com a construção da Terceira Travessia do Tejo.

“A decisão tomada ontem pelo senhor primeiro-ministro é uma decisão muito importante para os lisboetas. O Governo decidiu e isto é absolutamente crucial. Durante oito anos, com toda a inércia, a indecisão, e não estava tomada esta decisão. E esta é uma decisão fundamental para o futuro do país”, disse o edil, congratulando o executivo liderado por Luís Montenegro (AD) por o ter feito. “Tomar a decisão em 30 dias não era fácil, mas foi preciso tomá-la”, disse, explicando que essa é a primeira de um conjunto de três razões pelas quais o anúncio de ontem se revela importante.

A segunda está relacionada com a escolha de Alcochete. Carlos Moedas considera que o Governo decidiu “bem”. “Temos os estudos técnicos, que indicam que é esta a melhor decisão para o Aeroporto de Lisboa. Ainda em campanha eleitoral, estive sempre do lado desta decisão”, afirmou. “Como engenheiro e como cidadão, era a escolha que defendia. Mas como presidente da câmara decidi não tomar nenhuma posição, exactamente para hoje a poder defender. Mais importante do que a decisão, era tomá-la”, considerou.

Em terceiro lugar, o presidente da câmara da capital salienta a relevância ambiental da decisão. “O actual aeroporto da Portela vive tempos muito difíceis no seu funcionamento, com um grande congestionamento. Não há nada de pior para o ambiente e para a sustentabilidade do que termos um aeroporto congestionado. E é isso que temos tido nos últimos anos”, afirmou. “Por isso, saúdo também estas obras na Portela, porque elas vão ajudar a descongestionar um aeroporto com um tráfego aéreo já acima daquilo que é a sua capacidade e, por outro lado, vamos ainda ter aqui um período de 10 a 12 anos em que vamos ter aqui a Portela”, notou.

Carlos Moedas mostrou-se ainda muito satisfeito com a decisão de se avançar com a construção da ligação em alta velocidade ferroviária entre Lisboa e Madrid. Deliberação que o edil confessou deixá-lo “muito feliz”. “Por muitas razões, porque sempre defendi esta ligação”, afirmou, antes de proferir também o seu “apoio” à decisão do ministro das Infra-Estruturas, Miguel Pinto Luz, de dar também luz verde à Terceira Travessia do Tejo.

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