A Comboios de Portugal (CP) vai investir mais de 1,8 milhões de euros para transformar dois antigos dormitórios operacionais, em Lisboa e em Coimbra, em alojamentos estudantis, num total de cerca de 50 camas. A empresa tem já autorização para lançar os concursos, mas as obras só deverão ficar concluídas no próximo ano.

A decisão foi publicada, nesta terça-feira, em Diário da República, em dois despachos assinados pelos membros da administração da CP, liderada por Pedro Moreira. Em causa estão dois antigos dormitórios operacionais: um em Campolide, em Lisboa, e outro em Coimbra.

O antigo dormitório de Campolide dará lugar a um alojamento estudantil com um total de 26 novas camas, num investimento total de cerca de 927 mil euros, a ser executado num prazo de 300 dias entre este ano e o próximo. A empresa tem autorização para lançar já o procedimento pré-contratual necessário à adaptação do antigo dormitório e poderá gastar 278 mil euros este ano e outros 649 mil em 2025.

Já o antigo dormitório operacional de Coimbra, também a ser adaptado no prazo de 300 dias e a ficar concluído até ao próximo ano, vai contar com 25 novas camas, num investimento de 267,7 mil euros este ano e outros 624,7 mil em 2025, totalizando um montante superior a 892 mil euros. Localizado a 750 metros da Baixa de Coimbra, este antigo dormitório é constituído por um edifício de dois pisos, com uma área coberta de aproximadamente 600 metros quadrados e uma casa de banho para cada dois quartos.

O Plano Nacional de Alojamento do Ensino Superior (PNAES) foi lançado pelo anterior Governo e prevê a disponibilização de 18 mil camas para estudantes até 2026. Neste plano está integrado o Programa de Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, que está a ser financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num valor total previsto de financiamento de mais de 515 milhões de euros. Desse montante, foram já executados cerca de 128 milhões de euros.

E foi ainda no início do ano passado que a CP anunciou que tinha aderido ao Programa de Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, prometendo disponibilizar as antigas instalações destes dois dormitórios operacionais. Segundo anunciou então a empresa em comunicado, a concessão da gestão e exploração dos novos alojamentos estudantis será entregue ao ISCTE e irá prolongar-se por um período de 30 anos.