A Pandora, o maior fabricante de jóias do mundo, aumentou a sua previsão de receitas para o ano inteiro nesta quinta-feira, depois de ter superado as previsões de vendas e lucros do primeiro trimestre, à medida que ganhou quota de mercado nos EUA, o seu maior mercado.
A empresa dinamarquesa investiu fortemente em marketing, na abertura de lojas e no alargamento da sua gama de anéis, colares e diamantes cultivados em laboratório, embora as suas pulseiras de charme, que variam entre 60 e mais de 2000 euros, continuem a representar cerca de 60 a 70% das vendas.
As vendas aumentaram 11% no primeiro trimestre para 6,8 mil milhões de coroas dinamarquesas (911,4 milhões de euros), incluindo um aumento de 9% nos Estados Unidos, onde a marca está a ganhar quota de mercado, mesmo quando a procura global de jóias enfraqueceu.
"A razão pela qual estamos a ganhar quota é fundamentalmente porque continuamos a investir", explica o CEO Alexander Lacik à Reuters. "Mesmo quando há um bolo a encolher, há vencedores e vencidos."
O lucro operacional subiu para 20,2 milhões de euros, contra 1,26 mil milhões de coroas no ano anterior, em comparação com os 16,8 milhões previstos pelos analistas consultados pela empresa. A Pandora prevê agora um crescimento orgânico das receitas de 8% a 10% este ano, em comparação com 6% a 9% anteriormente. Manteve a sua orientação para a margem operacional em cerca de 25%.
As pulseiras de charme, um elemento básico da moda dos anos 1990, têm vindo a ser alvo de um renascimento, sendo tendência em plataformas de redes sociais como o TikTok. Lacik confirma que os meios de comunicação social contribuíram para o crescimento da Pandora, mas não foram o motor subjacente. "Este é o resultado do programa global em que a Pandora tem vindo a trabalhar há muitos anos e penso que talvez tenhamos atingido o ponto ideal para o tipo de público que estamos a tentar servir", afirma.
Na América do Norte, a expansão da Pandora para as jóias com diamantes cultivados em laboratório despertou o interesse dos compradores e aumentou a sua procura de toda a gama de produtos, avança a empresa. A China foi um ponto fraco, com as vendas a caírem 17% em termos comparáveis, o que a Pandora atribuiu a um mercado desafiante, uma vez que está a trabalhar no relançamento da marca naquele país.