Já se passaram mais de dois anos desde que Britney Spears se viu livre da tutela imposta pelo pai, mas só agora a princesa da pop pode dar o caso como encerrado. O processo foi oficialmente arquivado, depois de a cantora ter sido obrigada a assumir os custos legais do pai, Jamie Spears, que, de acordo com a imprensa norte-americana, deverão rondar os dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros). Ademais, fica garantido que Spears não terá de voltar ao tribunal pelo mesmo assunto.
“Foi para nós uma honra e um privilégio representar, proteger e defender Britney Spears. A Sra. Spears é e sempre será um ícone e uma artista brilhante e corajosa de proporções históricas e épicas”, declarou o advogado Mathew Rosengart em comunicado enviado ao Page Six, acrescentando que só agora se “completa verdadeiramente o seu desejo por liberdade”.
Doravante Britney “não precisará comparecer ou envolver-se em tribunal ou em processos judiciais sobre este assunto”, concluiu Mathew Rosengart, que representou a cantora ao longo da batalha legal alavancada pelo movimento #FreeBritney.
Além de ter assumido as despesas legais do pai, a cantora também terá gasto cerca de seis milhões de dólares (5,6 milhões de euros) em despesas próprias. Estima-se que a fortuna de Britney Spears ultrapassasse os 60 milhões de dólares, embora a artista argumente que Jamie Spears tenha ficado com 10% de todo o dinheiro.
Desde que se viu livre da tutela, em Novembro de 2021, Britney tem falado abertamente sobre o tema nas redes sociais e desta vez não foi excepção. “A minha família magoou-me! Não houve justiça e provavelmente nunca haverá. As pessoas que ficaram sentadas e não fizeram nada enquanto fizeram isto comigo”, acusou a cantora numa mensagem aos seguidores através das histórias do Instagram.
Apesar de se dirigir frequentemente aos pais nas publicações que faz — noutra fotografia de uma garrafa de vinho acusava o pai de a ter privado das “coisas boas durante demasiado tempo” —, Britney diz que nunca teve oportunidade de lhes dizer estas coisas “cara a cara”, até porque não se sentiria “segura” em vê-los. E conclui: “A menina que há em mim sente falta de casa no Luisiana e gostaria de poder voltar, mas eles levaram tudo.”
No livro de memórias A Mulher que Há em Mim falou sobre a infância com um pai alcoólico, a adolescência marcada pela rápida ascensão ao estrelato, os altos e baixos da fama e, por fim, os quase 14 anos da tutela que lhe roubou o direito à autodeterminação. “Depois de ter sido amarrada a uma maca, sabia que eles podiam restringir-me, fisicamente, sempre que quisessem. Comecei mesmo a ponderar se não quereriam matar-me”, escreveu.
Além da biografia, o livro de memórias de celebridades mais vendido da história, Britney também lançou duas músicas nos últimos anos: Hold me closer com Elton John, em 2022, e Mind your business com Will.I.am, em 2023, que devia ter sido lançada há uma década.