Britney Spears teve de pagar as despesas legais do pai no processo da tutela

As despesas no valor de dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros) foram assumidas pela artista, além dos seus próprios custos com a batalha legal, seis milhões de dólares (5,6 milhões de euros).

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Britney Spears no palco, em 2008 REUTERS/Mario Anzuoni
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Já se passaram mais de dois anos desde que Britney Spears se viu livre da tutela imposta pelo pai, mas só agora a princesa da pop pode dar o caso como encerrado. O processo foi oficialmente arquivado, depois de a cantora ter sido obrigada a assumir os custos legais do pai, Jamie Spears, que, de acordo com a imprensa norte-americana, deverão rondar os dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros). Ademais, fica garantido que Spears não terá de voltar ao tribunal pelo mesmo assunto.

“Foi para nós uma honra e um privilégio representar, proteger e defender Britney Spears. A Sra. Spears é e sempre será um ícone e uma artista brilhante e corajosa de proporções históricas e épicas”, declarou o advogado Mathew Rosengart em comunicado enviado ao Page Six, acrescentando que só agora se “completa verdadeiramente o seu desejo por liberdade”.

Doravante Britney “não precisará comparecer ou envolver-se em tribunal ou em processos judiciais sobre este assunto”, concluiu Mathew Rosengart, que representou a cantora ao longo da batalha legal alavancada pelo movimento #FreeBritney.

Além de ter assumido as despesas legais do pai, a cantora também terá gasto cerca de seis milhões de dólares (5,6 milhões de euros) em despesas próprias. Estima-se que a fortuna de Britney Spears ultrapassasse os 60 milhões de dólares, embora a artista argumente que Jamie Spears tenha ficado com 10% de todo o dinheiro.

Desde que se viu livre da tutela, em Novembro de 2021, Britney tem falado abertamente sobre o tema nas redes sociais e desta vez não foi excepção. “A minha família magoou-me! Não houve justiça e provavelmente nunca haverá. As pessoas que ficaram sentadas e não fizeram nada enquanto fizeram isto comigo”, acusou a cantora numa mensagem aos seguidores através das histórias do Instagram.

Apesar de se dirigir frequentemente aos pais nas publicações que faz — noutra fotografia de uma garrafa de vinho acusava o pai de a ter privado das “coisas boas durante demasiado tempo” —, Britney diz que nunca teve oportunidade de lhes dizer estas coisas “cara a cara”, até porque não se sentiria “segura” em vê-los. E conclui: “A menina que há em mim sente falta de casa no Luisiana e gostaria de poder voltar, mas eles levaram tudo.”

No livro de memórias A Mulher que Há em Mim falou sobre a infância com um pai alcoólico, a adolescência marcada pela rápida ascensão ao estrelato, os altos e baixos da fama e, por fim, os quase 14 anos da tutela que lhe roubou o direito à autodeterminação. “Depois de ter sido amarrada a uma maca, sabia que eles podiam restringir-me, fisicamente, sempre que quisessem. Comecei mesmo a ponderar se não quereriam matar-me”, escreveu.

Além da biografia, o livro de memórias de celebridades mais vendido da história, Britney também lançou duas músicas nos últimos anos: Hold me closer com Elton John, em 2022, e Mind your business com Will.I.am, em 2023, que devia ter sido lançada há uma década.

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