Real aguenta “blitz” de Munique e pode assegurar final da Champions em Madrid

“Bis” de Vinícius Júnior garante igualdade (2-2) na Alemanha. Bávaros ainda ameaçaram quebrar invencibilidade dos madrilenos.

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Goretzka (Bayern Munique) e Bellingham (Real Madrid) em duelo no Alianz Arena Kai Pfaffenbach / REUTERS
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Bayern Munique e Real Madrid chegam empatados (2-2) à segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões, em Madrid, depois de um jogo, na Alemanha, em que o triunfo poderia ter pendido para qualquer um dos lados.

A alternância na marcha do marcador, a ameaça de deixar o Bayern sem nada para conquistar e a resposta alemã, com a possibilidade de quebrar a invencibilidade do Real Madrid, foram motivos suficientes para validar um encontro de gigantes.

Apostado na salvação da época, o Bayern Munique — com Leroy Sané e Jamal Musiala de regresso — assumiu o controlo do jogo no meio de um verdadeiro “blitz” (relâmpago) e esteve perto de marcar no primeiro lance da noite, num remate de Sané milagrosamente defendido por Lunin.

Os alemães exerciam pressão fortíssima e obrigavam o Real Madrid a recuar e a sofrer, provocando o erro sistemático dos espanhóis, que se apresentaram com Nacho Fernández ao lado de Rudiger no eixo defensivo e Tchouaméni num meio-campo com Kroos e Valverde.

Até aos 20 minutos de jogo parecia inevitável o golo do Bayern Munique. Mas o Real Madrid começava a equilibrar e, aos poucos, a afinar as transições como a que originou o golo de Vinícius Júnior (24’), lançado por Kroos e a bater em velocidade o sul-coreano Kim Min-jae antes de enfrentar Neuer.

O cinismo do Real Madrid fazia mais uma vítima, quebrando emocionalmente um adversário que arriscava perder o último trunfo da temporada. Ao intervalo, as estatísticas mostravam já o inverter da tendência que chegou a dar mais de 60 por cento de posse de bola aos alemães.

E, a abrir o segundo tempo, Kroos só não ampliou para os “merengues” porque Neuer fez a defesa da noite. Mas Tuchel tinha outros planos que incluiam o português Raphaël Guerreiro, atraindo as atenções para o corredor esquerdo para lançar Sané pela direita, em lance individual que o alemão sublimou com um remate indefensável (53’).

De repente, o Bayern renascia para assumir o comando num penálti de Harry Kane (57’), a punir falta de Lucas Vázquez sobre Musiala.

O Real Madrid tentava recuperar a iniciativa, mas com Neuer insuperável, a negar o bis a Vinícius Júnior, Ancelotti optava por um jogo mais seguro. E depois de ter tirado Bellingham da equação, esperou por nova falha de Kim Min-jae, a cometer falta para penálti sobre Rodrygo.

Neuer já pouco podia fazer e Vinícius Júnior bisou mesmo, evitando a primeira derrota da temporada na Champions e a terceira em todas as competições (só o Atlético Madrid bateu os líderes da La Liga).

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