Benjamim criou uma ilha imaginária que ganhou um corpo real
Começou por uma ideia de fuga, um cansaço do formato canção, e acabou num LP duplo que deu um filme e um espectáculo. São As Berlengas de Benjamim, ao vivo no Maria Matos, segunda.
No ano em que Benjamim (Luís Nunes) lançou o álbum Vias de Extinção (2020) já andava às voltas com o projecto que o havia de levar a uma ilha que não conhecia: a Berlenga. Compositor, músico, produtor, multi-instrumentista, a ideia de refúgio surgiu-lhe em forma de ilha devido a um cansaço relacionado com o seu trabalho. “Isto começou em 2017 como uma espécie de ‘revolta’, por estar sempre a escrever canções no formato convencional”, diz Benjamim ao Ípsilon. Mas não lhe foi possível abraçar esse novo projecto em exclusividade. “Ia investindo muito nele, durante um período, mas depois aparecia-me um trabalho qualquer ou ia gravar um disco e tinha de o deixar de lado até lhe pegar outra vez.” E os anos foram passando neste ritmo, a pegar e a largar.
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