Governo irá criar uma comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de Novembro

O anúncio foi feito pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, no discurso de encerramento do congresso, que confirmou a sua reeleição.

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O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, foi reeleito com mais de 80% dos votos PAULO NOVAIS / LUSA
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O Governo irá criar uma comissão para as comemorações nacionais dos 50 anos do 25 de Novembro, em 2025. O anúncio foi feito pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, que é também ministro da Defesa, que afirmou que a decisão foi concertada com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "no âmbito da Defesa e do Governo". O líder centrista defendeu que a data deve ser celebrada com "toda a dignidade que merece" e lembrou as palavras do antigo Presidente da República Ramalho Eanes, que disse não entender a estigmatização em torno da data, salientando que “o 25 de Novembro é a continuação do 25 de Abril". “É rigorosamente o que pensamos no CDS há já 49 anos e é por isso que todos os anos celebramos o 25 de Novembro.”

"Em 2024, celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Em 2025, devemos celebrar — e não esquecer — os 50 anos do 25 de Novembro", afirmou Nuno Melo, que assinalou que todos os anos o CDS-PP celebra esta data. "O 25 de Novembro foi um movimento militar que salvou a democracia em Portugal", afirmou.

O apelo à celebração desta data também tem vindo a ser feito pela Iniciativa Liberal, até agora sem sucesso.

Nuno Melo arrancou o seu discurso dirigindo-se ao parceiro de coligação às eleições legislativas e notando que, sempre que juntaram forças, os dois partidos "nunca perderam eleições legislativas", o que permitiu a "derrota do PS e esquerdas" e a construção de uma "alternativa que trouxe nova esperança". O líder centrista, que dedicou o primeiro dia do encontro para diferenciar o partido dos restantes partidos da direita, afastando a ideia de que o CDS é "a muleta do PSD", insistiu na união de "esforços, quadros e votos". Garantindo que haverá diálogo, Melo afirmou que o CDS saberá estar "à altura dos tempos". Porém, não demorou a demarcar-se dos sociais-democratas quando chegou às eleições regionais antecipadas na Madeira.

Notando que na Madeira o CDS concorre sozinho e que "não teve responsabilidades na crise política", referiu que o partido terá a “capacidade de construir pontes e garantir soluções” no futuro.

O discurso terminou a citar Adelino Amaro da Costa: “Mesmo quando à frente dos nossos olhos o caos parecia insuperável, a nossa esperança era excelente.”

A lista da comissão política encabeçada por Nuno Melo foi eleita com 684 votos a favor, 65 brancos e 17 nulos.

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