Príncipe Harry perde primeiro recurso sobre a sua protecção policial no Reino Unido

Harry, o filho mais novo do rei Carlos, perdeu a segurança policial quando se afastou do trabalho da monarquia.

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A decisão desta segunda-feira marca a terceira derrota legal de Harry na questão da sua segurança REUTERS/Marco Bello
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O príncipe Harry perdeu a primeira tentativa de recurso contra o indeferimento da acção judicial sobre a decisão do Governo britânico de lhe retirar a protecção policial quando se encontra no Reino Unido, disse um porta-voz do tribunal na segunda-feira.

Harry, o filho mais novo do rei Carlos, interpôs uma acção contra o Governo no Supremo Tribunal de Londres, depois de o Ministério do Interior, responsável pelas polícias, ter decidido, em Fevereiro de 2020, que ele deixaria de receber automaticamente segurança policial pessoal enquanto estivesse em território britânico.

O príncipe, juntamente com outros membros seniores da realeza, usufruía da protecção de segurança financiada pelo Estado antes de se afastar dos seus deveres reais e se mudar para a América do Norte com a sua mulher, Meghan Markle, em Março de 2020.

Os advogados do duque de Sussex afirmaram, numa audiência realizada em Dezembro, que a decisão de lhe retirar essa protecção o sujeitou a um tratamento ilegal, injusto e injustificável. Mas a equipa jurídica do Governo argumentou que a Comissão Executiva para a Protecção da Realeza e das Figuras Públicas, conhecida como RAVEC, não tinha decidido que Harry não deveria receber protecção, mas que não deveria tê-la na mesma base.

O Tribunal Superior concordou, concluindo que não tinha havido ilegalidade na decisão e rejeitou a contestação legal de Harry. O tribunal recusou dar-lhe autorização para recorrer, disse um porta-voz na segunda-feira, acrescentando que o príncipe pode ainda avançar para o Tribunal de Recurso.

A decisão desta segunda-feira marca a terceira derrota legal de Harry na questão da segurança. O príncipe tem falado frequentemente sobre os seus receios quanto à segurança da sua família, e tem atacado regularmente a intromissão da imprensa, que culpa pela morte da sua mãe, a princesa Diana, que morreu quando a sua limusina se despistou ao fugir de uma perseguição de paparazzi em Paris, em 1997.

No ano passado, o antigo chefe da polícia antiterrorista britânica afirmou que tinham sido feitas ameaças credíveis contra Harry e Meghan por simpatizantes da extrema-direita.