O Animal de Wandson Lisboa: “Ser pai de primeira viagem tem sido desafiante para mim e incrível para ele”

Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. O designer Wandson Lisboa já queria ter um cão há alguns anos, e um dia apareceu o brincalhão e independente Farofa.

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Wandson e Farofa António Alte da Veiga
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“Há muito tempo que penso em ter um animal de companhia, em dar carinho, principalmente dar amor. Pensava sempre na possibilidade de fazer um bicho feliz. O Farofa foi uma surpresa boa que me apareceu de forma muito planeada e organizada, afinal, eu sou assim.

Há já algum tempo que ia comprando brinquedos, cama, mantas e dizia para mim que o meu amigo ia aparecer. Quando estava à procura de um animal, apareceu-me o Farofa, o último cão da ninhada de quatro irmãos. Fui buscá-lo. Tem cinco meses e moramos juntos há três.

Já me estava a organizar para a chegada de um bicho há uns quatro anos. Olhava para os dos amigos, via como era o dia-a-dia com um animal. Sempre quis ter um e posso dizer de peito cheio que o Farofa apareceu no momento mais certo da minha vida. Ser pai de primeira viagem tem sido desafiante para mim e incrível para ele. É um bom filho, divertido, brincalhão e muito calmo. Também é muito independente. Gosta das coisas dele à maneira dele e respeito muito isso. Adora saltar para o sofá para ficar [deitado] nos meus pés e de dar lambidelas nas minhas bochechas.

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Farofa tem cinco meses Wandson Lisboa

Gosto muito de ir dar uma volta com ele pela Casa da Música e quando conseguimos ter um dia de sol no Porto (está difícil) descemos de bicicleta até a Foz e ficamos por lá. Ele gosta de brincar ao busca com o brinquedo favorito. Faço sempre um ranking do que ele gosta mais e calha sempre o Leo, o leãozinho de peluche dele.

Em casa, já me levou um cabo que deixei descuidado no chão. Mas tenho-o treinado para que perceba o que são os brinquedos dele e as minhas coisas. Fun fact: a única coisa estranha que ele gosta são meias. Vou encontrando as minhas meias por todo o lado da casa.

Sobre os direitos dos animais, gostaria que eles fossem mais livres, que conseguíssemos levá-los para todo o lado. [Quando não permitem a entrada de animais] é como não fossem bem-vindos nos sítios que vamos diariamente. Podíamos levar o boletim sanitário e mostrar que o cão está vacinado, desparasitado, bonito e saudável. E entrar.

Sugiro que quem esteja a pensar ter um animal pesquise, se organize antes e que tenha amor. É importante terem tempo. Ter um bicho preso o dia todo é triste e, se não podem ficar com ele pelo menos parte do tempo, não adoptem. Sabemos que vidas são vidas, momentos são momentos, mas eles sentem a nossa falta. Precisam de passeio, cheiros, correr e descobrir coisas. O Farofa vai comigo para todo o lado, felizmente. É um cão muito amado. Tenho muita sorte pelo meu trabalho me proporcionar momentos diários com ele.

No futuro quero ter mais animais. Quero todos. Vou deixar o Farofa ficar maior e começar a procurar um novo irmão para ele. Mas não contem que ele pode ficar com ciúmes.”

Depoimento construído a partir de entrevista por email

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