IGAI abre inquérito a polícia que matou assaltante

Morte no bairro do Charquinho também está a ser investigada pelo Ministério Público. Depois de presente a tribunal, a mulher que participou no roubo e sequestro do agente ficou em prisão preventiva.

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A Inspecção-Geral da Administração Interna quer averiguar as circunstâncias que levaram um agente da PSP a disparar sobre um alegado assaltante Nuno Ferreira Santos (arquivo)
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A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito à morte de um assaltante por um polícia. A notícia deste procedimento, habitual quando um agente das forças de segurança atinge mortalmente alguém, foi avançada pelo jornal Correio da Manhã e confirmada pelo PÚBLICO.

“Foi aberto um processo que se destina a apurar as circunstâncias em que foi utilizada arma de fogo, de que resultou uma morte”, esclareceu a IGAI. O caso também está a ser investigado pelo Ministério Público e a própria PSP abriu um processo disciplinar interno.

Tudo se passou na madrugada do passado dia 1 de Abril no bairro do Charquinho, na zona de Benfica, em Lisboa. Ao que contou o polícia — que nos últimos anos tem prestado serviço no corpo de segurança pessoal, uma das competências exclusivas da PSP em todo o país para garantir a segurança pessoal de membros dos órgãos de soberania e de altas entidades nacionais ou estrangeiras em visita a Portugal —, encontrava-se dentro da sua viatura, parado nuns semáforos na zona de Algés, quando foi abordado por um homem armado. Eram cerca de 3h30. Como não estava de serviço, não se encontrava fardado. O assaltante terá entrado na sua viatura e tê-lo-á obrigado a entrar numa outra viatura conduzida por uma cúmplice e a deslocar-se a um multibanco e de seguida à sua residência", na Rua da Actriz Maria Matos, em Benfica.

Já dentro de casa, o polícia, que tem cerca de 50 anos, como descreve um comunicado da PSP, "terá conseguido chegar à sua arma de serviço, tendo usado a mesma, neutralizando o suspeito, que acabou por perder a vida no local". O homem foi atingido mortalmente pelo projéctil disparado pela arma de fogo na zona do tórax.

A mulher, que aguardaria, dentro do automóvel, à porta do prédio onde tudo aconteceu, foi detida no local por agentes da PSP e interrogada pela Polícia Judiciária. Depois de ser presente a tribunal em primeiro interrogatório judicial a mulher, por ter participado no roubo e sequestro do agente da PSP, acabou por ficar em prisão preventiva.

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