Obama, Clinton e Biden juntos em angariação de fundos com Queen Latifah e Lizzo à mistura

Estão previstas actuações de Queen Latifah, Lizzo, Ben Platt, Cynthia Erivo e Lea Michele. Os três Presidentes serão entrevistados por Stephen Colbert do The Late Show.

Foto
O evento reúne Biden, Obama e Clinton Reuters/KEVIN LAMARQUE
Ouça este artigo
00:00
03:24

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Presidente norte-americano Joe Biden é o anfitrião de um evento à Hollywood que vai contar com antecessores democratas Barack Obama e Bill Clinton, mas também com várias celebridades. O objectivo do encontro desta quinta-feira, em Nova Iorque, é angariar mais de 25 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) e renovar o interesse dos eleitores na campanha eleitoral de Joe Biden e Kamala Harris, para as eleições de 2024.

Biden e os dois antigos presidentes participarão num debate moderado pelo apresentador do talkshow The Late Show, Stephen Colbert, no Radio City Music Hall, perante milhares de convidados. Estão previstas actuações de Queen Latifah, Lizzo, Ben Platt, Cynthia Erivo e Lea Michele.

Alguns dos participantes que compraram os bilhetes mais caros terão oportunidade de tirar fotografias com os três presidentes, captadas pela lenta da famosa fotógrafa Annie Leibovitz.

Os bilhetes para o evento custam entre 250 dólares e 500 mil dólares (entre 231 euros e 463 mil euros) e esperam-se mais de 5000 participantes. A festa não será transmitida na televisão, mas não faltará conteúdo nas redes sociais a mostrar os bastidores. Quem não tem possibilidade de pagar um bilhete presencial ou não está em Nova Iorque, também poderá participar por 25 dólares (23 euros) num evento virtual com os três presidentes.

Foto
Lizzo é uma das actuações previstas Matilde Fieschi/Arquivo

A idade e aptidão de Joe Biden, de 81 anos, para um segundo mandato de quatro anos tem sido amplamente questionada. As sondagens recentes da Reuters/Ipsos mostram um índice de aprovação de 40% e pouca distância do candidato republicano Donald Trump, que tem 77 anos, aquando das eleições de 5 de Novembro.

Biden visitou todos os principais estados desde um discurso inflamado do Estado da União no início deste mês, mas na maioria das vezes falou para multidões muito menores, parte de uma estratégia deliberada para enfatizar as interacções com o comum dos americanos. A vice-presidente Kamala Harris também atravessou o país.

A demonstração de apoio de Obama, que ainda é extremamente popular entre os democratas, pode aumentar o entusiasmo de alguns eleitores jovens e outros progressistas que votaram em Biden em 2020, mas estão furiosos com o apoio firme da Casa Branca a Israel na resposta aos ataques do Hamas, a 7 de Outubro de 2023.

“Os números não mentem: o evento de hoje é uma enorme demonstração de força e um verdadeiro reflexo do ímpeto para reeleger a candidatura Biden-Harris”, afirmou o co-presidente da campanha, Jeffrey Katzenberg, em comunicado.

O esforço de reeleição de Biden angariou mais de 53 milhões de dólares em Fevereiro e dez milhões de dólares nas 24 horas que se seguiram ao discurso de 7 de Março no Congresso. Aliás, o actual Presidente tem vindo a angariar regularmente mais do que Trump.

Obama manifestou a Biden a preocupação com a possibilidade de vitória de Trump, antes de uma mudança na equipa do actual Presidente, que enviou dois dos principais assessores da Casa Branca para a campanha sediada em Wilmington, Delaware.

O antigo Presidente passou algum tempo na Casa Branca a preparar um vídeo que destaca o aniversário do Affordable Care Act, também conhecido como Obamacare. Biden está a fazer uma forte campanha sobre os esforços para reforçar a lei e acusa os republicanos de quererem acabar com o programa.

Trump aproveitou o evento de Biden com Obama e Clinton para apelar também aos seus apoiantes. “O cartel Obama-Clinton pensa que nos vai derrotar amanhã, mas eu tenho algo que eles nunca terão”, declarou, numa angariação de fundos na quarta-feira, referindo-se aos seus apoiantes.