Lizzo é “arrogante”, acusa realizadora que rejeitou documentário sobre cantora

Sophia Nahli Allison reagiu às acusações contra a cantora, corroborando as alegações sobre Lizzo criar um ambiente de trabalho “extremamente tóxico e hostil”.

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Três dançarinas avançaram com uma queixa de assédio sexual e moral contra Lizzo Reuters/JASON CAIRNDUFF/arquivo
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Nomeada para o Óscar de melhor curta documental por Uma Canção de Amor para Latasha (2019), Sophia Nahli Allison revelou, numa longa publicação nas stories do Instagram (que desaparecem ao fim de 24 horas), que foi convidada para realizar o documentário sobre Lizzo, mas que acabou por sair do projecto depois de ter sido tratada com “tanto desrespeito”.

O relato surgiu pouco depois de três dançarinas terem avançado com uma queixa de assédio sexual e moral contra Lizzo. Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez avançaram com uma acção judicial contra Lizzo no Tribunal Superior de Los Angeles, alegando que a artista as forçou a tocar numa pessoa nua numa festa. Acusam ainda Lizzo de fazer falsas acusações e despedir um membro da sua equipa por ter engordado.

No Instagram, Sophia Nahli Allison descreveu a altura em que, em 2019, viajou com Lizzo para ser a realizadora de seu documentário, que resultou no seu afastamento apenas duas semanas depois. “Fui tratada com tanto desrespeito por ela. Testemunhei como ela é arrogante e indelicada. (…) O meu bom senso disse-me para correr o mais depressa possível e estou muito grata por ter confiado no meu instinto.”

Allison ressalvou que “normalmente não comenta nada relacionado à cultura pop”, mas, depois de ter tido conhecimento das queixas das bailarinas, percebeu “o quão perigosa era a situação”, acrescentando que “este tipo de abuso de poder acontece com demasiada frequência” e deixando “muito amor e apoio para os dançarinos”.

Posteriormente, a cineasta voltou às stories para reafirmar as suas acusações: “A Lizzo cria um ambiente de trabalho extremamente tóxico e hostil e mina o trabalho, o emprego e a autoridade de outras mulheres negras. Ela é uma bully narcisista e construiu a sua marca com base em mentiras. Estava entusiasmada por apoiar e proteger uma mulher negra através do processo do documentário, mas rapidamente percebi que a sua imagem e ‘mensagem’ eram uma fachada.”

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