Tribunal arquiva processo de difamação da meia-irmã de Meghan Markle por falta de provas

As afirmações que Samantha Markle acusava de serem difamatórias foram consideradas pelo tribunal como apenas opiniões, sem que fossem “objectivamente verificáveis”.

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Meghan e Harry abandonaram os deveres reais em 2020 Reuters/Caitlin Ochs
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A mulher do príncipe Harry, Meghan, acaba de somar mais uma vitória face à meia-irmã, Samantha Markle. A juíza norte-americana Charlene Edwards Honeywell arquivou o caso de difamação que Samantha movia contra a duquesa de Sussex, relativo à entrevista dada a Oprah e ao documentário da Netflix. Não foram encontradas provas de que os comentários tivessem por objectivo difamar.

O Tribunal Distrital da Florida avaliou que o que Meghan disse eram as suas opiniões ou visões pessoais e que não visavam directamente Samantha, sua irmã da parte do pai, Thomas Markle. O processo foi arquivado e Samantha Markle, que pretendia ser indemnizada em 75 mil dólares (cerca de 68.500 euros), não poderá voltar a apresentar queixa sobre o mesmo tema.

O advogado de Meghan, Michael J Kump, já reagiu à notícia, citado pela revista People. “Estamos satisfeitos com a decisão do tribunal em arquivar o caso.”

Na entrevista com Oprah, em Março de 2021, a mulher do príncipe Harry queixou-se de que a irmã tinha voltado a usar o apelido Markle assim que soube que Meghan estaria a namorar com o neto de Isabel II. Já Samantha acusava a meia-irmã de estar a mentir com o intuito de a prejudicar.

A juíza discordou: “O tribunal confirmou o facto de que [Samantha] usava o apelido Rasmussen em Setembro de 2016 e Markle dois meses depois, assim que o namoro real começou a ser noticiado.” E determinou: “Portanto, a essência da declaração — que [Samantha] mudou para o seu apelido pouco tempo depois de ter sido noticiado que [Meghan] estava envolvida com o príncipe Harry — é verdadeira.”

No processo, Samantha queixava-se ainda de que Meghan tinha enganado o público sobre a natureza da proximidade de ambas durante a infância. “Cresci como filha única, o que toda a gente que cresceu à minha volta sabe, e desejava ter tido irmãos”, disse a ex-actriz a Oprah. A juíza lembrou que esta é a visão de Meghan sobre a relação e, uma vez mais, não a expressou com o intuito de difamar. “O Tribunal considera que a declaração do arguido não é objectivamente verificável ou sujeita a prova empírica.”

Como tal, não há provas de qualquer difamação premeditada e o caso não poderá voltar à justiça. Esta é já a terceira tentativa de Samantha Markle vencer em tribunal, alterando os argumentos sempre que necessário. Em Março de 2022, alegou que a duquesa de Sussex a tinha difamado ao dar informação a uma biografia não autorizada, Finding Freedoom, publicada em 2020.

A juíza Honeywell também arquivou esse caso com o argumento de que Meghan Markle não podia ser responsabilizada pela informação veiculada no livro, visto ser uma biografia não autorizada, na qual os duques de Sussex não estiveram envolvidos.

Em 2021, Samantha Markle lançou o livro de memórias The Diary of Princess Pushy’s Sister (O Diário da Irmã da Princesa Mandona, numa possível tradução à letra), onde acusava a irmã de ser “má e controladora” e opinava que o casamento dos duques de Sussex devia ter sido adiado, em virtude de Thomas Markle ter sofrido um ataque cardíaco dias antes da cerimónia.

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