Sharon Stone diz que tentaram que dormisse com William Baldwin para “bem do filme”
A actriz revelou que o produtor Robert Evans a tentou convencer a envolver-se com o actor para que este melhorasse o seu desempenho nas escaldantes cenas. Mas, diz, “ninguém é assim tão bom na cama”.
Sharon Stone já tinha feito referência no seu livro de memórias, The Beauty of Living Twice, ao episódio em que lhe foi pedido para se envolver com um actor com quem contracenava com o intuito de criar a química que não existia no ecrã. Mas, agora, durante uma conversa no The Louis Theroux Podcast, identificou os protagonistas da história: o filme era Violação de Privacidade, de 1993, realizado por Phillip Noyce; o produtor, Robert Evans, que morreu em 2019 e nos deixou O Padrinho, Chinatown ou A Semente do Diabo; e o actor com pouco jeito, William Baldwin, que, em 1994, foi nomeado pela sua interpretação para um Razzie, os “óscares” dos piores.
De acordo com Stone, de 66 anos, Evans pediu-lhe para dormir com Baldwin e até lhe deu uma história sua como exemplo: “Ele estava de um lado para outro pelo escritório com seus óculos escuros, explicando-me que dormira com Ava Gardner e que eu deveria dormir com Billy (diminutivo de William) Baldwin, porque se eu dormisse com Billy Baldwin, o desempenho de Billy Baldwin melhoraria”, relatou, sublinhando que “nós precisávamos que o Billy melhorasse no filme, porque esse era o problema”.
A actriz ainda deu ao produtor uma lista alternativa de actores para assumirem o papel de Baldwin, mas Evans “não quis ouvir”. Uma das hipóteses para Stone seria Michael Douglas, com quem contracenou no icónico Instinto Fatal: “Eu não tinha que f* o Michael Douglas. O Michael conseguia vir trabalhar e saber apenas como atingir aquelas marcas e fazer aquela fala, ensaiar e aparecer.”
Mas isso não aconteceu e, segundo Stone, achavam que se ela se envolvesse com Baldwin as fraquezas do actor seriam resolvidas. Mas, reforça a actriz: “Ninguém é assim tão bom na cama”.
William Baldwin reagiu, entretanto, na rede social X: “Não sei porque é que Sharon Stone continua a falar de mim todos estes anos depois? Ela ainda tem um fraquinho por mim ou ainda está magoada depois de todos estes anos porque eu evitei os seus avanços?”, escreveu o actor de 61 anos.
E continua: “Será que ela disse à sua amiga Janice Dickinson, no dia a seguir a eu ter feito o teste de ecrã e tê-las encontrado no nosso voo do MGM Grand de regresso a Nova Iorque... 'Vou fazê-lo apaixonar-se tanto por mim, que vai ficar com a cabeça à roda'??? Tenho tantos podres sobre ela que a fariam dar voltas à cabeça, mas mantive-me calado. A história da reunião que tive com o Bob Evans a implorar-lhe que me permitisse coreografar a cena final de sexo na foto abaixo para não ter de beijar a Sharon é uma lenda absoluta. Será que devia escrever um livro e contar as muitas, muitas histórias perturbadoras, perversas e pouco profissionais sobre a Sharon?”
Em Violação de Privacidade, Sharon Stone é Carly Norris, que se muda para um apartamento dentro de um complexo de luxo em Manhattan, onde o antigo inquilino tinha morrido em circunstâncias estranhas. Interessa-se por Zeke Hawkins (William Baldwin), o dono do complexo e vem a descobrir que é um voyeur que monitoriza as acções dos inquilinos. O triângulo amoroso fecha-se com Jack Lansford (Tom Berenger), um escritor interessado em conquistar a bela Carly.