Era uma vez um rio, que é uma deusa, que é um rio, onde todos aprenderam a nadar, repleto de poesia e de teatro popular, de tantas lendas como de pedras avulsas, de levadas, de engenhos e de pessoas engenhosas, de forjas e serradores, mós e carretas, azenhas atrás de azenhas, que em esforço resistem na paisagem. "Umas vezes com um leito de margens planas, outras entre montanhas e declives acentuados, o rio Neiva é um dos pequenos rios portugueses mais belos e de magia rara", aponta à Fugas o antropólogo Álvaro Campelo, referindo-se ao rio que nasce na serra do Oural (Vila Verde) — nascente de mais dois rios, Covo e Trovela — e que ao longo de 45 quilómetros corre ao longo de duas margens muito encaixadas atravessando cinco concelhos (Vila Verde, Ponte de Lima, Barcelos, Viana do Castelo e Esposende).
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.