Cole Brauer é a primeira mulher norte-americana a dar a volta ao mundo de barco

Depois de 130 dias, assinala-se um marco histórico para os norte-americanos. Cole Brauer, de 29 anos, terminou a volta ao mundo de barco esta quinta-feira, 7 de Março.

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Cole foi publicando fotos da viagem nas suas redes sociais. A atleta tem como missão combater a desigualdade salarial e o assédio sexual DR
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Oculos de sol
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A 28 de Outubro, Cole Brauer iniciava a missão de dar a volta ao mundo de barco, sozinha. Esta quinta-feira, 7 de Março, o desafio é concluído depois de 130 dias de viagem. A atleta norte-americana anunciou nas suas redes sociais a chegada a Espanha, estabelecendo um recorde como a primeira mulher norte-americana a realizar uma viagem de circum-navegação totalmente sozinha.

A jovem de 29 anos já celebrou a vitória nas redes sociais, junto da família. Foram mais de 26 mil milhas náuticas, que tiveram início na costa da Corunha. A viagem faz parte de um desafio, o Globo Solo Challenge, que juntou 19 marinheiros. Sete deles ainda não terminaram a viagem a solo e alguns acabaram por desistir durante a navegação. Cole era a única mulher, sendo também a atleta mais jovem. A vitória foi conseguida por Philippe Delamare, atleta francês, que terminou a viagem a 24 de Fevereiro.

“Chegada fantástica! Estou tão contente! Obrigado a todos os que se juntaram e tornaram isto possível”, agradeceu no Instagram. Ao longo dos quase cinco meses de desafio, Cole Brauer foi partilhando as suas experiências, conquistas e receios a bordo do First Light junto dos seus seguidores. O grande objectivo, agora conseguido, era o de ser a primeira mulher norte-americana a realizar a viagem, enfrentando um desporto maioritariamente dominado por homens: “Com esta distinção, espero fazer com que este desporto e comunidade, composta principalmente por homens, se tornem menos “tradicionais” e mais abertos”, afirma no seu perfil da página oficial da competição.

A jovem soma 462 mil seguidores no Instagram. Durante a sua jornada, divulgou vários vídeos e imagens numa espécie de diário de bordo. Em Dezembro, revelou que a viagem estava a ser exaustiva e tinha enfrentado vários problemas, depois de ferimentos nas costelas causados por uma tempestade na costa africana. A atleta também teria enfrentado ondas perigosas no oceano Índico e na passagem de Drake, uma zona onde a travessia é turbulenta, ligando o Pacífico e o Atlântico. No final da viagem, Cole Brauer admitiu sentir que o barco estava a começar a deteriorar-se e muitas vezes teve de controlar e consertar o First Light com as suas próprias mãos.

“Não há a opção de desistir” no meio do oceano

“Não há a opção de desistir. Estamos no meio do oceano, não há forma de desistência. Ninguém nos vai salvar. Então temos de ‘engolir’ e resolver o problema. Só podemos contar connosco e temos de seguir em frente”, contou à People no mês passado.

Cole Brauer é natural de Long Island. A paixão pelo mar surgiu depois de se mudar para o Havai, por motivos de estudos. “Não fazia ideia de que esta comunidade me fosse receber tão bem e incentivar a perseguir os meus sonhos mais loucos”, conta. Confessa que aprendeu que nunca está realmente sozinha e que a vida é curta, devendo aproveitar as experiências que realmente a enriquecem.

A decisão de realizar a viagem de circum-navegação foi tomada em 2018, quando tinha 24 anos. Depois de conhecer a história de Ellen MacArthur, que em 2005 conseguiu completar o desafio em 71 dias, a mais rápida da época, Cole Brauer tinha um objectivo bem definido. Um dos nomes que a inspiraram foi também o de Krystyna Chojnowska-Liskiewicz, a primeira mulher a conseguir terminar esta viagem náutica, de 1976 a 1978. A atleta agradece à sua equipa, que ajudou no planeamento da viagem e no treino para o que poderia enfrentar em alto-mar.

Apesar de já ter cumprido as suas ambições, a atleta revela que a sua missão ainda não terminou: “Continuarei a lutar contra assédio sexual, verbal e físico pelas mulheres que fazem parte deste desporto. Como profissionais, temos lutado durante muitos anos pela igualdade salarial, uma vez que nos pagam significativamente menos do que os homens na mesma posição. Somos assediadas por colegas de equipa, proprietários, clientes, organizadores de competições e muitos outros desta comunidade. Embora tenha crescido muito nesta comunidade, também ela me deitou abaixo, juntamente com as minhas colegas”, reforçou no seu perfil.

Texto editado por Pedro Sales Dias

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