Priscilla, Yannick e outros filmes para ver esta semana

Neste início de semana cinematográfica, o Ípsilon e o Cinecartaz dão-lhe mais cinco razões para sair de casa.

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A Última Evasão
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Diálogos Depois do Fim
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Com realização de Sofia Coppola (Óscar de melhor argumento original com Lost in Translation - O Amor É Um Lugar Estranho), este é um drama biográfico sobre a tempestuosa relação de Elvis Presley (1935-1977) e Priscilla Beaulieu (n.1945, Nova Iorque), desde o momento em que se conheceram até à morte dele.

O argumento tem por base o livro Elvis e Eu, escrito, em 1985, por Priscilla e Sandra Harmon – e que deu já origem à minissérie homónima realizada, em 1988, por Larry Peerce, com Dale Midkiff e Susan Walters nos papéis principais.

Tal como a minissérie e o livro, o filme segue o ponto de vista de Priscilla após conhecer o cantor na Alemanha Ocidental, ela com apenas 14 anos, ele com mais dez e já uma superestrela da música. Acompanhamos as dificuldades vividas durante todos os anos de relacionamento, com Elvis a revelar uma faceta mais sombria e instável, até a separação final em 1972 (o divórcio oficial ocorreu um ano depois), cinco anos antes de Elvis morrer, com apenas 42 anos.

Apesar de todas as adversidades, Priscilla Presley afirma que os dois nunca perderam o laço que se criou em 1959, quando se viram pela primeira vez.

Críticas, salas e horários

Tudo tem início durante a apresentação da peça O Cornudo, encenada no Bouffes Parisiens. Quando três actores se esforçam por prender a atenção de uma plateia quase vazia, são interrompidos por Yannick (Raphaël Quenard), que lhes diz que a peça é de tal modo má que não o faz esquecer os seus problemas reais e que, para ali estar, ele teve de tirar um dia de folga, viajar 45 minutos dos subúrbios para Paris e andou mais 15 minutos. Um esforço ingrato, segundo o próprio.

Os actores e alguns espectadores pedem-lhe que se retire. Mas, ao perceber que está a ser alvo de troça, Yannick perde a cabeça, aponta-lhes a sua pistola, faz deles reféns e decide reescrever a peça inteira. A partir daqui surge uma peça dentro da peça.

Estreada no Festival de Cinema de Locarno (Suíça), uma comédia negra escrita, realizada e editada por Quentin Dupieux, depois dos excêntricos Rubber - Pneu (2010), 100% Camurça (2019) ou Mandíbulas (2020). A título de curiosidade, durante a semana de estreia deste filme em França, todas as pessoas que provassem ter o nome Yannick tinham direito a um bilhete gratuito.

Críticas, salas e horários

Uma história contada sob a perspectiva de três pessoas diferentes: Saori, uma mãe solteira; Minato, filho de Saori; e Hori, o professor dele.

Tudo começa quando Saori vê Minato chegar ferido da escola e parte do princípio de que ele foi vítima de maus tratos do professor Hori. Quando vai à escola tirar satisfações, é tratada com frieza e descrédito pela direcção. A partir daqui, e porque cada um deles se encerra no seu ponto de vista e descarta o dos outros, tudo se desmorona.

Estreado no Festival de Cinema de Cannes, onde foi vencedor nas categorias de melhor argumento e Queer, este drama tem assinatura do aclamado cineasta japonês Hirokazu Kore-eda, também autor de Ninguém Sabe (2004), Andando (2008), O Meu Maior Desejo (2011), Tal Pai, Tal Filho (2013), A Nossa Irmã Mais Nova (2015), O Terceiro Assassinato (2017), Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões (2018) – Palma de Ouro em Cannes e nomeado para o Óscar de melhor filme internacional – e Broker - Intermediários (2022).

Com argumento de Yuji Sakamoto, este drama foi dedicado à memória do músico Ryuichi Sakamoto, responsável pela banda sonora, que faleceu dois meses antes da estreia. Sakura Andō, Eita Nagayama, Sōya Kurokawa, Hinata Hiiragi e Mitsuki Takahata assumem os papéis principais.

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Verão de 2014. Bernard Jordan (Michael Caine) é um dos sobreviventes da Operação Overlord, a batalha que mudou o curso da Segunda Grande Guerra, em Junho de 1944.

Agora com 89 anos, decide fugir do lar de idosos em East Sussex (Inglaterra), onde há anos reside com a sua mulher, Irene (Glenda Jackson), e viajar sozinho até França, para participar na cerimónia de 70.º aniversário do desembarque do Dia D, onde serão homenageados todos os intervenientes, principalmente os cerca de 225 mil soldados mortos, feridos ou desaparecidos.

Este filme, realizado por Oliver Parker (Um Marido Ideal, A Importância de Ser Ernesto, Dorian Gray, O Regresso de Johnny English) e escrito por William Ivory, tem por base o caso real de Bernard Jordan, falecido seis meses após esta proeza, referida nas notícias em todo o mundo como a “grande evasão”. Os actores Glenda Jackson, Wolf Kahler, Carlyss Peer e John Standing completam o elenco encabeçado por Caine que, durante a estreia, anunciou que este seria o último filme da sua carreira.

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Resultado de dois meses de rodagem nos Açores, este filme de Tiago Guedes (Coisa Ruim, A Herdade ou Restos do Vento) tem como centro seis dos 27 diálogos do livro Diálogos com Leucó, do italiano Cesare Pavese (1908-1950).

Esses diálogos, adaptados por Guedes e João Pedro Vaz, foram rodados inteiramente em exteriores (porque o realizador “precisava de uma dimensão da natureza, da ligação com o mar e as montanhas”) e contaram com as actuações de Isabel Abreu, Isabél Zuaa, Joana Ribeiro, Maria João Pinho, Rita Cabaço, Sandra Faleiro, Victoria Guerra, Adriano Carvalho, Adriano Luz, Albano Jerónimo, Miguel Borges, Nuno Lopes e Welket Bungué.

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