Incêndio em Valência: casal e dois filhos menores entre os dez mortos já encontrados

Uma das crianças é bebé de apenas 15 dias. Peritos da polícia conseguiram entrar no edifício, avaliando dimensão da tragédia. Chamas consumiram edifício residencial de 14 andares esta quinta-feira.

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Polícia entrou no edifício para avaliar dimensão dos danos e localizar corpos Reuters/EVA MANEZ
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Há dois menores entre as vítimas mortais Reuters/EVA MANEZ
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Bebé de 15 dias entre as vítimas Reuters/EVA MANEZ
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Edifício residencial de 14 andares e 138 apartamentos ardeu ontem em Valência, Espanha EPA/MANUEL BRUQUE
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Edifício residencial de 14 andares e 138 apartamentos ardeu ontem em Valência, Espanha EPA/MANUEL BRUQUE
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Edifício residencial de 14 andares e 138 apartamentos ardeu ontem em Valência, Espanha Reuters/EVA MANEZ
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As chamas consumiram rapidamente o prédio de 14 andares Reuters/EVA MANEZ
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Ainda há pessoas desaparecidas Reuters/EVA MANEZ
As temperaturas elevadas do edifício que ardeu em Valência dificultam as operações de busca dos bombeiros
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As temperaturas elevadas do edifício que ardeu em Valência dificultam as operações de busca dos bombeiros EPA/MANUEL BRUQUE
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Rescaldo do incêndio que consumiu um prédio de 14 andares em Valência, Espanha EPA/Biel Alino
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Valência, Espanha EPA/Biel Alino
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Edifício residencial de Valência tinha 14 andares e 138 apartamentos EPA/Biel Alino
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Edifício residencial de Valência tinha 14 andares e 138 apartamentos Reuters/EVA MANEZ
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Edifício residencial de Valência tinha 14 andares e 138 apartamentos Reuters/EVA MANEZ
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Há uma menina de apenas 15 dias entre as vítimas mortais do incêndio de grandes proporções que afectou um edifício residencial de 14 andares e 138 apartamentos em Valência. A bebé morreu juntamente com o irmão, de três anos, e os dois pais, quatro das dez vítimas desta tragédia. O balanço de vítimas mortais foi actualizado múltiplas vezes esta sexta-feira, com os mais recentes dados a apontarem a existência de pelo menos uma dezena de mortos. Estão ainda por localizar entre nove e 15 pessoas, com os peritos do Laboratório da Polícia Científica a conseguirem finalmente entrar no edifício, de modo a apurar com maior exactidão a verdadeira dimensão da tragédia.

Pelo facto de existir ainda um número grande de pessoas por localizar, as autoridades valencianas acreditam que o número de mortos pode vir a aumentar nas próximas horas. No local está ainda um forte dispositivo de segurança, com dezenas de bombeiros e viaturas destacados para a zona afectada.

As dificuldades em fixar o número exacto de desaparecidos, baseia-se, em grande medida, nos desafios que os familiares sentem para conseguirem localizar os entres queridos: alguns residentes do edifício são estrangeiros e outros não são residentes habituais.

Há ainda registo de 15 feridos – sete dos quais são bombeiros –, mas nenhum deles corre perigo de vida.

Citado pelo El País, Jorge Suarez, subdirector-geral das Emergências da Generalitat Valenciana, explicou que, às primeiras horas da manhã desta sexta-feira, ainda que as chamas já tenham sido apagadas, as temperaturas no interior do edifício continuavam muito elevadas, dificultando um avanço mais célere das buscas dos bombeiros e das equipas de socorro.

“Está-se a sobrevoar [o edifício] com drones e gruas e a assegurar a [sua] estabilidade para se perceber em que momento se pode aceder”, explicou Catalá. “Valência vive um momento muito triste.”

Situado no bairro de Campanar, o edifício afectado pelo fogo foi construído em 2005 é composto por dois prédios residenciais, um com 14 andares e outro com dez. Distribuídas pelos 138 apartamentos (11 em cada piso) viviam cerca de 450 pessoas.

Numa altura em que ainda se estão a investigar as causas do incêndio, tudo aponta para que o mesmo tenha começado no quarto andar de um dos prédios.

Em pouco mais de meia hora, as chamas alastraram-se por todo o edifício, nomeadamente pelas placas de alumínio da fachada revestidas de poliuretano, um material que, de acordo com Esther Puchades, vice-presidente do Colégio de Engenheiros Técnicos Industriais de Valência, citada pelo El País, é altamente inflamável.

Os ventos fortes que se faziam sentir naquela cidade de Espanha também contribuíram para o alastramento rápido do fogo pelo edifício, gerando uma enorme coluna de fumo negro.

Pedro Sánchez, presidente do Governo espanhol, visitou esta sexta-feira o local da tragédia. Numa mensagem publicada na quinta-feira no X (antigo Twitter) enquanto ainda estavam a ser apuradas a dimensão dos danos, o chefe do executivo disse estar “consternado” com o “terrível incêndio” em Valência, manifestando a sua “solidariedade a todas as pessoas afectadas”, oferecendo “toda a ajuda que for necessária” por parte do Governo.

Notícia actualizada às 15h09: acrescentada informação sobre novo balanço de vítimas

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