Quebrar o ciclo de pobreza infantil é possível e este Prémio é a prova

Apoiar as crianças do presente é cultivar e impactar os adultos do futuro. O Prémio BPI Fundação ”la Caixa” Infância compromete-se com esse objectivo, dando resposta a crianças em situação vulnerável.

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Foi em 2019 que o Prémio BPI Fundação la Caixa” Infância começou a dar os seus primeiros passos. Desde então, já foram apoiados 155 projectos no valor de 5 milhões de euros, beneficiando mais de 35 mil crianças e adolescentes. E é também desde o seu início que o objectivo se mantém o mesmo: quebrar os ciclos de pobreza na infância e adolescência, potenciando a família como eixo de acção socioeducativa. Porque o futuro se faz com os mais novos do presente e é de olhos postos neles que todos os esforços são postos em prática.

De acordo com o estudo “Portugal e o Elevador Social: Nascer pobre é uma fatalidade?”, realizado pela Nova SBE Economics for Policy Knowledge Center, com o apoio do BPI e da Fundação la Caixa”, um quarto das crianças em Portugal não consegue sair da situação de pobreza em idade adulta. Filhos de trabalhadores não qualificados ou com baixa escolaridade têm maior dificuldade em subir o elevador social. Assim, "acção" é o verbo de ordem para que o paradigma mude.

Depois de quatro edições de sucesso, a quinta edição do Prémio Infância já aconteceu e foram 39 os projectos vencedores, depois de 121 candidaturas submetidas. 1,4 milhões de euros foram atribuídos a entidades do terceiro sector que se propuseram a oferecer respostas sociais para facilitar o desenvolvimento de nove mil crianças e jovens em situação vulnerável. Respostas essas que se focam em áreas prioritárias como: a atenção à primeira infância, incluindo o desenvolvimento de competências parentais; o apoio ao reforço escolar; as soluções integrais para crianças com múltiplos factores de vulnerabilidade; e a intervenção precoce e melhoria da qualidade de vida das crianças que sofrem de doença. A promoção da prática de desporto, o impulso a actividades nas áreas da criatividade, música e arte, a importância do acesso a bens e serviços básicos de alimentação, saúde e higiene infantil encontram-se também entre as principais respostas financiadas.

Mas porque este é um Prémio de grande responsabilidade, com capacidade para mudar muitas vidas, importa referir que todo o processo de selecção das candidaturas foi feito de forma criteriosa. Numa primeira fase, as 121 candidaturas foram alvo de uma avaliação técnica. Em seguida, as candidaturas mais pontuadas foram submetidas a um exame complementar por um grupo de mais de duas dezenas de avaliadores, composto por colaboradores e reformados do BPI e que, em regime de voluntariado, reuniram com todas as entidades. Por fim, a selecção dos projectos vencedores foi realizada por um júri, presidido pelo sociólogo e professor António Barreto.

A conclusão é simples: fazer a diferença é algo complexo e que exige o maior cuidado. Quando se trata da próxima geração, os passos devem ser dados para que tudo seja feito, no presente, de forma a garantir-lhes um futuro!

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