Contra o Toulouse, o Benfica venceu mas foi “too bad

“Encarnados” derrotaram o modesto clube francês graças a dois penáltis.

cronica-jogo,futebol,sl-benfica,desporto,liga-europa,futebol-internacional,
Fotogaleria
Di María marcou de penálti os dois golos do Benfica,Di María marcou de penálti os dois golos do Benfica LUSA/TIAGO PETINGA,LUSA/TIAGO PETINGA
O Benfica ficou-se pelo empate contra o Toulouse
Fotogaleria
O Benfica ficou-se pelo empate contra o Toulouse EPA/TIAGO PETINGA
cronica-jogo,futebol,sl-benfica,desporto,liga-europa,futebol-internacional,
Fotogaleria
Roger Schmidt pensativo Reuters/MARIA ABRANCHES
Ouça este artigo
00:00
02:51

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Benfica derrotou nesta quinta-feira o Toulouse por 2-1, em jogo da primeira mão do play-off da Liga Europa. Frente a um clube francês que luta para não descer de divisão, o actual líder do campeonato português realizou uma exibição paupérrima, salvando-se graças a dois penáltis, o último dos quais assinalado no último minuto do período de compensação.

O Benfica chegava a este jogo vindo de um empate contra o Vitória, que interrompeu uma série de sete triunfos consecutivos na Liga portuguesa. Esperava-se, por isso, que a equipa “encarnada” aproveitasse o embate frente a um dos mais fracos emblemas do campeonato francês para mostrar a sua força e passar a mensagem que a igualdade em Guimarães tinha sido um acaso, talvez motivado pela chuva que empapou o relvado. Mas não foi isso que se viu, nesta quinta-feira, na Luz.

O Benfica iniciou o jogo lento, sem intensidade, sem garra e padecendo do mal que o tem afectado ao longo de quase toda esta temporada: o afunilamento do seu futebol. Durante 45 minutos, pouco ou nada se viu dos “encarnados”, que até ao final da primeira meia-hora de jogo somavam apenas um canto e nenhum fora de jogo. Elucidativo da forma como o Benfica jogava, sem profundidade e sem flanquear.

A equipa benfiquista jogava um futebol previsível e fácil de contrariar. Bastava ao Toulouse povoar a zona central em frente da sua baliza para neutralizar os “encarnados”, que abdicavam de jogar pelas alas e recusavam-se a levar a bola até à linha de fundo, estratégias que poderiam desequilibrar o seu opositor.

O resultado foi uma primeira parte entediante, em que apenas por duas vezes o Benfica criou perigo perante um Toulouse confrangedor: primeiro por Rafa, num remate em jeito que foi à barra, após perda de bola dos franceses numa tentativa de saída para o ataque (38’) e por João Mário (45’), que no “coração” da área do Toulouse, atirou a rasar o poste da baliza adversária.

A segunda parte não trouxe nada de novo. O Benfica continuou a jogar da mesma forma e o Toulouse também se manteve a equipa inofensiva e de fraca capacidade colectiva e individual que demonstrou ser desde o início.

Roger Schmidt resolveu então mexer na equipa na tentativa de dar um pouco mais de velocidade e largura ao seu futebol, fazendo entrar Neres e Bah passados 15 minutos do descanso. Sem grande sucesso. E foi preciso um erro do adversário – Logan Costa tocou com a mão na bola no interior da área francesa – para oferecer um penálti ao Benfica que Di María não desperdiçou.

A vencer, perante um adversário banal, o Benfica não aproveitou. Pelo contrário, deu um “tiro no pé” ao resolver mal um cruzamento do Toulouse, que aproveitou para empatar o marcador a pouco mais de dez minutos do fim da partida. Um desfecho que não seria alterado, não fosse um penálti ter "caído do céu". Mawissa pisou Marcos Leonardo dentro da área aos 90'+5' e ofereceu a Di María o segundo penálti do jogo e o segundo golo do argentino, que rendeu o magro triunfo sobre o Toulouse. "Too bad".

Sugerir correcção
Ler 13 comentários