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Tabernas, ovelhas na rua e marinheiros: estas fotos mostram uma Lisboa em extinção
A exposição Lisboa Frágil junta imagens de Luís Pavão no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.
São cerca de 120 fotografias do arquivo do fotógrafo Luís Pavão, que retratam costumes, ambientes e momentos da vida lisboeta entre a década de 1970 e o início dos anos 2000. Há uma Lisboa Frágil para ver no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, até 31 de Março.
“Partindo de um arquivo metodicamente construído ao longo da sua carreira, Lisboa Frágil evidencia o olhar inquiridor de Luís Pavão (Lisboa, 1954), bem como a sua vontade de documentar e inventariar uma Lisboa em extinção, que dava os primeiros passos em direcção ao seu futuro”, diz o Museu de Lisboa.
O fotógrafo “captou quase compulsivamente costumes, ambientes e momentos que podiam passar despercebidos ao olho desatento, que encontravam o seu lugar entre o espaço público e privado”.
Jogos tradicionais, tabernas, bailes, matinés, um rebanho de ovelhas a calcorrear a cidade surgem nas imagens, que retratam vivências numa Lisboa por vezes “invisível, escondida na familiaridade de comunidades locais e regionais”.
“[Procurei] descobrir coisas que eram pouco conhecidas, pouco da minha esfera social, que estavam ali à minha beira, mas nas quais nunca tinha reparado”, diz Luís Pavão, que trabalha como conservador de fotografia no Arquivo Municipal de Lisboa desde 1991, citado numa nota à comunicação social.
Lisboa Frágil conhecerá versão em livro, com 302 fotografias a preto e branco, com edição pela Sistema Solar em data a definir. Juntar-se-á na bibliografia de Luís Pavão a publicações como Tabernas de Lisboa (Assírio e Alvim, 1981), Fotografias de Lisboa à Noite (Assírio e Alvim, 1983), Lisboa, em vésperas do Terceiro Milénio (Assírio & Alvim, 2002) e Fado Português (Ear Books, 2005).