Rei Carlos III, diagnosticado com cancro, mantém funções

A notícia foi avançada pelo Palácio de Buckingham, que não esclarece o tipo de cancro com que foi diagnosticado o rei. Carlos já iniciou os tratamentos oncológicos.

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Carlos III a sair do hospital após o tratamento à próstata Reuters/TOBY MELVILLE
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O rei Carlos III foi diagnosticado com cancro, anunciou nesta segunda-feira o Palácio de Buckingham. Não se trata de cancro da próstata, mas de outro tumor descoberto durante o tratamento para a próstata aumentada que realizou recentemente, esclarecem, adiantando que o soberano de 75 anos já iniciou os “tratamentos habituais”.

Apesar do esclarecimento, o Palácio de Buckingham não detalhou de que forma de cancro se trata, nem o estádio em que a doença se encontra. O rei, dizem, “mantém-se totalmente optimista em relação ao seu tratamento e espera voltar a desempenhar plenamente as suas funções públicas o mais rapidamente possível”.

Por agora, o rei vai adiar a sua agenda pública e espera-se que sejam outros membros de primeira linha da família real, como a rainha Camila ou o príncipe William, a preencher a sua ausência durante esta fase de tratamentos oncológicos. Apesar de afastado da azáfama quotidiana, Buckingham sublinha que Carlos III mantém o papel constitucional de chefe de Estado.

A Reuters avança que o príncipe Harry já terá falado com o pai e deverá deslocar-se a Londres nos próximos dias para o visitar. O filho mais novo de Carlos III vive com a mulher, Meghan Markle, e os dois filhos na Califórnia, nos Estados Unidos, desde 2020, quando os duques de Sussex abandonaram os deveres reais.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, já reagiu à notícia do cancro do rei com um tom optimista. Não tenho dúvidas de que voltará a estar em breve em plena forma e sei que todo o país lhe vai desejar as melhoras”, escreveu no X (antigo Twitter).

O líder da oposição, Keir Starmer, do Partido Trabalhista, também desejou as melhoras ao soberano. Em nome do Partido Trabalhista, desejo a Sua Majestade as maiores felicidades para a sua recuperação. Esperamos ansiosamente vê-lo de volta à sua saúde plena.

Neste domingo, diz a BBC, o rei esteve na celebração eucarística em Sandringham, onde acenou à multidão. Carlos tinha regressado a “casa” na semana passada depois de três dias de internamento no hospital privado London Clinic, em Londres, na sequência de ter sido submetido a um tratamento para a próstata aumentada, que o Palácio de Buckingham garantiu ter corrido bem.

Por estes dias, a agenda do príncipe William deverá ficar apertada, já que o futuro rei não só deverá substituir o pai, como também se encontra a lidar com um problema de saúde da mulher, Kate Middleton. A princesa de Gales foi submetida a uma “cirurgia abdominal” planeada a 17 de Janeiro e só voltará ao trabalho depois da Páscoa, no final de Março.

Na imprensa social circularam rumores de que a princesa de 42 anos tinha estado em coma, mas o Palácio de Kensington já negou todas as notícias, rotulando-as de “disparates” e declarando que a situação clínica de Kate não é de natureza oncológica.

A família real britânica é conhecida por preservar a privacidade no que toca a questões de saúde, mas agora Carlos III está a mudar o rumo com este reinado focado na transparência. “Sua Majestade escolheu partilhar o seu diagnóstico para evitar a especulação e na esperança de que possa contribuir para chamar atenção para todos à volta do mundo que são afectados pelo cancro”, termina o comunicado.

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