Cabo Verde só caiu nos penáltis e saiu da CAN

A prova fica sem equipas lusófonas nas meias-finais.

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Cabo Verde saiu da CAN Reuters/SIPHIWE SIBEKO
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Cabo Verde falhou neste sábado a qualificação para as meias-finais da Taça das Nações Africanas (CAN 2023) de futebol, ao perder com a África do Sul, por 2-1, no desempate por grandes penalidades.

Após um 0-0 no final dos 120 minutos em Yamoussoukro, na Costa do Marfim, os “bafana bafana” marcaram duas das grandes penalidades, enquanto os “tubarões azuis” apenas finalizaram uma em cinco, com o guarda-redes sul-africano a ser o grande herói da equipa, ao parar quatro dos cinco remates.

Cabo Verde falha assim aquela que seria a sua primeira presença nas meias-finais da competição, fase à qual regressa, 24 anos depois, a África do Sul, campeã em 1996, e que vai defrontar a Nigéria, de José Peseiro, que afastou Angola.

O jogo entre cabo-verdianos e sul-africanos foi algo desinteressante. Ao longo de todo o tempo regulamentar não se construíram praticamente, nenhumas oportunidades de golo.

A jogarem de forma muito cautelosa, só algumas iniciativas individuais conseguiram criar alguma sensação de perigo relativo junto de cada uma das duas balizas. Zwane, de resto, criou a melhor da primeira parte com um remate forte para uma bela defesa de Vozinha.

Já no segundo tempo, foi preciso esperar quase até ao apito final do tempo regulamentar para ver a melhor chance de todas — o ex-jogador do Benfica B, Gilson Benchimol, surgiu isolado perante Ronwen Williams e rematou forte e colocado à baliza sul-africana, mas o guarda-redes sul-africano fez uma excelente defesa, desviando a bola para a trave e levando o jogo para prolongamento.

Os trinta minutos de futebol que se seguiram, trouxeram mais emoção. O guarda-redes Vozinha, com uma dupla defesa aos 91’, salvou Cabo Verde, provando que os seus 37 anos não o inibem de “brilhar”.

Depois, foi Benchimol a voltar a desperdiçar. O jogador cabo-verdiano demonstrou ser demasiado perdulário em frente à baliza adversária, esbanjando as oportunidades de desfazer a igualdade no marcador de que dispôs.

Não houve, por isso, outro remédio que não fosse decidir quem seria o último semifinalista da edição deste ano da CAN — juntando-se à Nigéria, Costa de Marfim e República Democrática do Congo — do que recorrer ao desempate da marca das grandes penalidades.

E aqui brilhou a grande altura o guarda-redes sul-africano, Ronwen Williams, a defender os remates de Bebé, Willy Semedo, Laros Duarte e Patrick Duarte — apenas Bryan Teixeira marcou. Já do lado sul-africano, duas tentativas falhadas (Lepasa e Modiba) e dois pontapés certeiros (Mokoena e Mvala).

Os “tubarões azuis” adiam, assim aquela que seria a estreia numa meia-final da principal competição de futebol do continente africano, enquanto os “bafana bafana”, regressam a esse patamar pela primeira vez desde o ano 2000, quando acabaram no terceiro lugar. E Já não há equipas lusófonas na CAN 2023.

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