Ty Segall, mestre moderno do rock’n’roll, pinta música com ruído

O caleidoscópico Three Bells é Ty Segall a harmonizar e a colidir sons límpidos e ruído abrasivo, o acústico e o eléctrico, garage, prog, folk, jazz cósmico, rock’n’roll. Um clássico moderno.

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Ty Segall conquistou fãs pelo seu fervor rock’n’roll, quase religioso Paulo Pimenta
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“Com toda a honestidade, não me recordo do último álbum mainstream de uma banda rock que fosse bom”. Estamos quase no final da entrevista e Ty Segall, que acaba de editar Three Bells, álbum de inspirada subversão dos cânones clássicos do rock’n’roll, ou seja, recheado de deliciosos e mui entusiasmantes pauzinhos na engrenagem, em forma de delírios surrealistas, canções construídas em blocos, qual montagem narrativa feita sequência musical, riffs neuróticos, microssolos como silvos dementes, sons bizarros a irromperem entre pastorais acústicas, está a explicar que a existência, de certo modo marginal, do rock’n’roll nos dias de hoje não é algo a lamentar. Longe disso.

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