Perto de 80% dos portugueses com 65 ou mais anos vacinou-se contra gripe

Cobertura vacinal nos idosos e doentes crónicos superou meta definida pela Organização Mundial da Saúde.

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Números mostram reconhecimento da importância da vacinação contra a gripe Paulo Pimenta
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Perto de 80% dos portugueses com 65 ou mais anos vacinou-se contra a gripe durante a época gripal de 2023/24, acima da meta de 75% proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23 de Janeiro.

“É com satisfação que se constata que a cobertura vacinal na população com 65 ou mais anos de idade e nos doentes crónicos superou a meta definida pela OMS, na linha do que já havia acontecido nos anos anteriores”, salientou o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, citado em comunicado.

De acordo com Nuno Jacinto, os resultados obtidos continuam a mostrar a confiança dos portugueses na vacinação.

Na quarta e última vaga do relatório Vacinómetro, que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal de 2023/24, é indicado que, apesar de 77,7% dos portugueses com 65 ou mais se terem vacinado, a taxa de cobertura desce para 64,3% na população com 60 ou mais anos.

“Com a subanálise realizada, 47,5% vacinaram-se por recomendação do médico e 30,7% por iniciativa própria, porque procura estar sempre protegido”, observou.

Os dados revelam ainda que as taxas de cobertura são superiores a 76% entre os doentes crónicos, com 82,4% dos doentes com diabetes vacinados e 76% de pessoas com doença cardiovascular vacinadas.

“Os números da vacinação em determinados grupos, nomeadamente os doentes crónicos, onde a taxa de vacinação atingiu os 76,6%, são muito positivos”, sublinhou o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, António Morais, citado no comunicado.

Segundo o responsável, trata-se de um reconhecimento da importância da vacinação.

“O facto de menos de metade dos indivíduos entre 60 e 64 anos estar vacinada diz-nos que, efectivamente, este grupo precisa de ser sensibilizado para a importância da vacinação”, acrescentou.

Entre os profissionais de saúde ,o total de vacinados não chega a metade, com uma taxa de cobertura de 45,9% entre os que têm contacto directo com doentes.

A nível regional, da “população vacinada com 65 ou mais anos, 82,1% são da região norte, 80,1% da Área Metropolitana de Lisboa, 77,6% do Algarve, 76,3% do Alentejo, 70,6% da região centro, 69,6% da Região Autónoma dos Açores e 66,7% da Região Autónoma da Madeira”.

O relatório mostra que 41,1% dos vacinados o fizeram por recomendação médica, 26% por iniciativa própria, 18% por iniciativa laboral, 7,6% por fazerem parte de grupos de risco e 6% por terem sido notificados de agendamento pelo Serviço Nacional de Saúde.

De acordo as informações hoje conhecidas, há ainda 15,5% de grávidas, 5,8% das pessoas com 65 ou mais anos e 5,7% de doentes crónicos que tencionam vacinar-se nesta época gripal.

Em relação à co-administração das vacinas contra a gripe e contra a covid-19, é referido que 81,4% das pessoas vacinadas pertencentes aos grupos com recomendação optaram pela administração conjunta.

Entre os que optaram pela co-administração, 87,3% fizeram-nos por se sentirem mais seguros, 7,4% por fazerem parte dos grupos de risco e 4,9% por recomendação médica.

O Vacinómetro é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que desde 2009 se dedica a monitorizar em tempo real a taxa de vacinação contra a gripe em grupos prioritários.