Bobi abanou os recordes do Guinness — mas mantém o título (por agora)

Guinness esclarece que suspendeu novas candidaturas aos títulos de cão mais velho do mundo e de sempre, mas não suspendeu nem retirou recordes. Bobi continua a ser o cão mais velho de sempre.

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Bobi continua a ser o cão mais velho de sempre DR
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Suspeitas sobre o título de cão mais velho de sempre de Bobi, um rafeiro português, levaram o Guinness a suspender novas candidaturas para os recordes de cães mais velho do mundo e de sempre. No entanto, esclarece o livro de recordes mundiais, o cão de Conqueiros, Leiria, que terá morrido aos 31 anos, ainda é o detentor do título de "cão mais velho de sempre" — pelo menos enquanto durar a investigação.

Foi o que escreveu a porta-voz do livro de recordes na quarta-feira, 17 de Janeiro, num email enviado ao P3. Na mesma mensagem, esclarece que, como Bobi morreu em Outubro de 2023, já não está elegível para o título de "cão mais velho do mundo". De acordo com o dono, Leonel Costa, Bobi nasceu no dia 11 de Maio de 1992, em Conqueiros, Leiria, e celebrou 31 anos em 2023. Morreu a 21 de Outubro de 2023 e terá sido cremado.

Neste momento, o Guinness está a confirmar o registo do cão mais velho, situação que implica a revisão “das provas em arquivo, procurar novas provas, contactar peritos e pessoas ligadas à candidatura original”, lê-se na resposta, bem como contactar quem pôs em causa a idade do cão. Para esta verificação, é ainda necessário contactar os responsáveis pelo registo do animal e peritos externos ao Guinness, escrevem.

“Não foram ainda tomadas medidas em relação a nenhum detentor de recordes”, reiteram. “O prazo para este processo pode variar, mas tentaremos que dure cerca de três meses”, acrescentam. Até lá, as candidaturas aos dois títulos estão suspensas, para desagrado da dona do chihuahua Spike, ​que não apreciou a mudança de regras. Segundo a Wired, Rita Kimball enviou um email a tentar saber se o cão tinha recuperado a distinção de cão mais velho do mundo, depois da morte de Bobi. Os registos veterinários que enviou atestavam que o chihuahua tinha nascido em 1999.

O Guinness pediu uma fotografia do cão com o jornal do dia e a avaliação de um segundo veterinário para confirmar a idade do animal. Depois de ter recebido mais registos sobre o cão, concluiu que não existem provas suficientes para atribuir o título a Spike. Acrescentou ainda que é provável que muitas das categorias de recordes passem a “exigir uma segunda opinião para verificação, futuramente”.

"Nada é mais importante para nós, família, do que a digna e maravilhosa vida que o Bobi teve, é um orgulho para nós termos sido os escolhidos para estar ao lado de um animal tanto tempo", escreveu o tutor, Leonel Costa.

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