O #metoo de Judith Godrèche: quando se filmava raparigas e se dormia com elas
Ainda o caso Depardieu vai no adro e apareceu a actriz, 51 anos, a denunciar a era em que foi “rapariga ícone” do cinema francês. O gesto cumpre-se numa autoficção: Icon of the French Cinema.
França, 2023-2024, um processo revolucionário continua em curso: seis anos depois do “caso Weinstein”, o movimento #metoo está a ter uma nouvelle vague. O “caso Gérard Depardieu” — o actor de 75 anos acusado de violação e agressão sexual por 16 mulheres, três das quais recorreram à Justiça — não sai dos ecrãs, das televisões e das redes sociais, onde a indignação está a dar lugar também a um “trabalho de luto” por alguém que tornara a “masculinidade complexa” ao fundir o masculino e o feminino na sua voz de actor (a virilidade e a doçura em simultâneo: veja-se O Último Metro, de Truffaut; recorde-se a sua prestação em palco a cantar e homenagear Barbara, em 2016) e que se vê agora a representar a velha ordem, patriarcal e predadora, cujas cabeças vão ter de “rolar” por imposição da História.
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