Primeiro-ministro do País de Gales apresenta demissão
Drakeford cumpre promessa de 2018 e anuncia que vai deixar a liderança do governo descentralizado e do Partido Trabalhista Galês em Março do próximo ano.
O primeiro-ministro do País de Gales e líder do Partido Trabalhista Galês, Mark Drakeford, anunciou esta quarta-feira que vai abandonar ambos os cargos em Março do próximo ano, tal como tinha prometido em 2018.
“Quando me apresentei à liderança [do partido], disse que, se fosse eleito, iria exercer o cargo durante cinco anos. Passaram precisamente cinco anos desde que fui confirmado como primeiro-ministro, em 2018”, recordou, num comunicado que dá conta de que “notificou formalmente a comissão executiva” do Labour galês, partido “irmão” do Partido Trabalhista britânico, da sua “intenção de se demitir como líder” em Março de 2024.
Segundo Drakeford, de 69 anos, as candidaturas à liderança do partido “vão abrir brevemente” e o processo de sucessão será concluído antes da pausa dos trabalhos do Senedd (Parlamento galês) na Primavera. O vencedor da corrida interna do Labour galês terá de se apresentar à chefia do governo descentralizado na câmara legislativa de Cardiff, onde os trabalhistas têm maioria.
Segundo o Guardian, entre os favoritos à liderança do partido de centro-esquerda constam os nomes de Vaughan Gething, actual ministro da Economia, e de Jeremy Miles, o responsável pela pasta da Educação.
“Depois de um período de cinco anos, que viram o País de Gales ter de lidar com a austeridade, com o ‘Brexit’, com a pandemia de covid, com a crise climática, com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente e com quatro primeiros-ministros [do Reino Unido] diferentes – por enquanto –, haverá muito para reflectir”, afirmou, prometendo ajudar o partido a vencer as próximas eleições legislativas galesas, previstas para 2026.
Eleito vereador trabalhista nos anos 1980, Mark Drakeford chegou ao Senedd em 2011. Em 2018, sucedeu a Carwyn Jones na chefia do governo do País de Gales.
Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista britânico, disse que “foi um prazer trabalhar” com Drakeford, que descreveu como “um verdadeiro titã da política galesa e trabalhista”.