Fotografia
Hong Kong são edifícios oxidados e arquitectura efervescente
A Obsolescência e a Agonia dos Edifícios Antigos de Hong Kong é o novo trabalho de Manuel Alvarez Diestro. Nesta série, o fotógrafo espanhol não esconde a “angústia” perante os edifícios que espelham o passar do tempo.
Com um “tom cinematográfico” e alguma “angústia existencial” à medida que os edifícios aparecem desgastados e oxidados, a série fotográfica de Manuel Alvarez Diestro traz um olhar sobre a transformação de Hong Kong.
Chama-se A Obsolescência e a Agonia dos Edifícios Antigos de Hong Kong e faz parte de um trabalho maior que inclui retratos de cemitérios e filmes como Trains Bound for the Sea e Displacements — em diferentes formatos, todos estes trabalhos evocam o caos da cidade “efervescente”, como descreve à Design Boom.
Ao passar por distritos como Tsuen Wan, Mongkok, Aberdeen e Quarry Bay, Alvarez Diestro acredita que “a preservação das estruturas mais antigas é crucial para manter o carácter único de Hong Kong”. Em oposição, outras cidades da região chinesa do Delta do Rio das Pérolas — como Zhuhai e Shenzhen, exemplifica —, têm evoluído com uma transformação em que “o antigo dá lugar ao novo”.
É precisamente este convívio e contraste entre a arquitectura moderna e os edifícios “frequentemente negligenciados” que ficaram da transição do domínio britânico para o domínio chinês, em 1997, que serve de ponto de partida para o trabalho do fotógrafo espanhol.