Número dois do PS considera Congresso do PSD “uma mão cheia de nada”

João Torres participou no congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN.

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João Torres é secretário-geral adjunto do PS Nuno Ferreira Santos
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O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, considerou, este domingo, que o Congresso do PSD de sábado passado foi “uma mão cheia de nada” que demonstrou que o partido tem um problema de afirmação como alternativa política.

“O Congresso do PSD a] foi no fundo uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, para os portugueses”, disse João Torres à agência Lusa, sustentando que o partido “a única coisa que tem para oferecer aos portugueses é o conjunto de políticas que prosseguiu durante o tempo da troika”.

Na Foz do Arelho, à margem do encerramento do XIX Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, o secretário-geral adjunto dos socialistas afirmou que o principal partido da oposição “já está a começar a deitar, seguramente, a toalha ao chão” e que “já percebeu que muito provavelmente vai perder as próximas eleições”.

Para João Torres, o congresso dos social-democratas “não trouxe nenhuma novidade aos portugueses" e demonstrou que “o PSD tem um problema de afirmação de uma alternativa política, porque nunca foi capaz de apresentar alternativas políticas aos portugueses”.

Pelo contrário, acrescentou, o PSD “não mudou o seu pensamento político desde a última vez que exerceu responsabilidades governativas”, ou seja, “continua a entender que a austeridade é um caminho para o nosso país”.

“Os pensionistas, os trabalhadores e os empresários, que foram prejudicados por essas políticas públicas, não se esquecem disso”, vincou, para evocar a diferença com o seu próprio partido que diz ter deixado “uma marca de progresso e de desenvolvimento económico e social notável, por vezes lidando com circunstâncias muito difíceis, como é o caso da pandemia [de covid-19] e mais recentemente dos impactos da guerra Ucrânia”.

No dia em que se assinalam oito anos desde o início da governação de António Costa como primeiro-ministro, João Torres sublinhou “os resultados económicos e sociais que os portugueses conhecem e reconhecem como um caminho de valorização de salários e de pensões, um caminho de crescimento económico e de convergência com a União Europeia, um caminho de reforço do investimento e de protecção do Estado Social e um caminho de equilíbrio e de rigor”.

Resultados a que junta “o compromisso com as contas certas”, para defender que findos os oito anos de governação o PS deixa “um excelente legado para apresentar aos portugueses nas próximas eleições legislativas” do dia 10 de Mmarço de 2024, que enfrenta com a confiança de que o partido “voltará a ser merecedor da confiança” dos eleitores.

Tendo em vista a proximidade das eleições João Torres deixou hoje, no encerramento do congresso realizado na Inatel da Foz do Arelho, no concelho das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, “um apelo à mobilização de todos os socialistas” e uma mensagem de encorajamento o movimento sindical socialista pelo muito que “foi feito para proteger os trabalhadores portugueses, para valorizar salários e pensões e para combater a precariedade, desde logo com a agenda do trabalho digno”, concluiu.