De canto em canto, o Sporting abriu caminho para a goleada

Os “leões” garantiram o apuramento para os oitavos-de-final da Taça de Portugal com uma goleada “das antigas” frente ao Dumiense: 8-0

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LUSA/FILIPE AMORIM
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Deu para fazer alguma gestão, testar novos nuances tácticas e, sem grandes sobressaltos, cumprir a obrigação “leonina”: derrotar o Dumiense e garantir a qualificação para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. No Estádio José de Alvalade, contra o clube de Dume, último classificado da Série A do Campeonato de Portugal, os sportinguistas mostraram seriedade e chegaram a uma goleada que começou a ser construída de bola parada: três dos quatro primeiros golos sportinguistas, surgiram na sequência de pontapés de canto.

Do outro lado estava o árbitro (Bruno José Costa) e o marcador do golo (João Faria) no encontro na edição 2022/23 da temporada passada que ditou a eliminação do Sporting na Taça de Portugal – 0-1 contra o Varzim -, o que para os sportinguistas mais supersticiosos podia provocar algum desconforto, porém, desta vez, o “leão” não fraquejou.

Poupando meia dúzia de habituais titulares, já a pensar no duelo da próxima quinta-feira para a Liga Europa em Itália frente à Atalanta, Rúben Amorim aproveitou o encontro com a equipa de Dume, freguesia de Braga, para dar minutos a habituais segundas linhas, como Franco Israel, Daniel Bragança ou Geny Catamo, mas o primeiro a destacar-se foi o jogador em campo com menos quilómetros nas pernas esta época: Luís Neto.

O experiente defesa, que para o campeonato conta apenas com quatro minutos no currículo, precisou de apenas oito minutos para começar a desbloquear o problema para o Sporting. Na sequência de um canto marcado por Nuno Santos, Neto ganhou o duelo com os defesas do Dumiense e fez o seu primeiro golo com a camisola “verde e branca”.

Sem terem necessitado de colocar rotações altas, os “leões” conquistavam a tranquilidade que necessitavam para gerir a partida com o ritmo que pretendiam. A partir daí, com a equipa de Dume a tentar sempre jogar de forma positiva, o Sporting foi construindo mais algumas oportunidades, mas apenas no minuto 28, novamente na sequência de um canto, voltou a marcar: Nuno Santos colocou na área, Matheus Reis desviou e, após alguma confusão na defesa minhota, Paulinho fez o desvio para o fundo da baliza.

O 2-0 ao intervalo deixava poucas esperanças à equipa do Minho para a segunda parte, mas, para infelicidade do Dumiense, o Sporting não regressou do balneário apenas com vontade de ver o tempo passar.

Ao fim de apenas 44 segundos, Bragança combinou com Paulinho que, de calcanhar, assistiu Trincão à entrada da área. Com espaço, o extremo colocou em prática todo o seu talento e, com um remate colocado, fez o 3-0.

O golo “a frio”, quebrou animicamente o Dumiense. Apesar do intenso e ruidoso apoio dos cerca de mil adeptos da equipa bracarense que estiveram em Alvalade, o jogo na segunda parte tornou-se demasiado fácil para a equipa de Amorim. E, sem surpresa, a surgiu a goleada.

Aos 53’, com Nuno Santos novamente no papel de actor secundário, foi Coates a subir à área adversária e, de cabeça, o uruguaio fez o terceiro golo na partida na sequência de um canto. Cinco minutos depois, mais um golo de cabeça, desta vez por Paulinho, assistido por Hjulmand.

O jogo começa a tornar-se um suplício para o Dumiense e, para pior o cenário para a equipa do Campeonato de Portugal, logo a seguir à hora de jogo Amorim lançou Viktor Gyökeres. E, como tem sido regra, o sueco provocou fortes estragos nos rivais: aos 71’ ofereceu a Paulinho o hat-trick; aos 74’ sofreu uma grande penalidade que Nuno Santos não desperdiçou; aos 83’ fez o 8-0.

Com uma goleada “das antigas”, o Sporting cumpria a sua missão. Para o Dumiense, ficou o prémio de jogar na casa de um “grande”.

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