Velório do actor e encenador Carlos Avilez acontece esta sexta-feira

Cerimónia fúnebre decorre esta sexta-feira no Teatro Municipal Mirita Casimiro, a partir das 18h. Enterro é no sábado à tarde, no Cemitério da Guia.

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Carlos Avilez morreu aos 88 anos José Sena Goulão/Lusa
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O Teatro Experimental de Cascais (TEC) revelou esta sexta-feira os horários do funeral de Carlos Avilez, actor e encenador que fundou o TEC, a primeira companhia de teatro profissional em Portugal a trabalhar fora de Lisboa e do Porto. Carlos Avilez morreu esta semana aos 88 anos, no Hospital de Cascais, vítima de paragem cardiorrespiratória.

O velório, aberto ao público, é já esta sexta-feira, a partir das 18h, no Teatro Municipal Mirita Casimiro. A missa acontecerá no sábado às 14h. Uma hora depois, o corpo de Avilez será transportado para o Cemitério da Guia, onde será sepultado.

Carlos Vítor Machado, mais conhecido como Carlos Avilez, nasceu em 1935 e estreou-se profissionalmente como actor em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro, onde permaneceu até 1963.

Dois anos depois, em 1965, fundou o TEC. Quase 30 anos mais tarde, criou a Escola Profissional de Teatro de Cascais, por onde passaram inúmeros alunos.

"São muitas as gerações marcadas pela sua criatividade, inesgotável energia e imensa generosidade, e sobretudo pela visão do que pode ser uma escola aberta e agregadora. A sua missão contribuiu em muito para o florescer de um teatro contemporâneo", escreveu ao PÚBLICO a actriz Beatriz Batarda, uma das professoras da escola.

Está a circular uma petição pública que solicita ao presidente da Câmara Municipal de Cascais e ao ministro da Cultura (Carlos Carreiras e Pedro Adão e Silva, respectivamente) que o Auditório da Academia de Artes do Estoril seja renomeado para Auditório Carlos Avilez. Mais de 1200 pessoas já assinaram o documento, datado de quarta-feira.

Foi no Auditório da Academia de Artes do Estoril que, há escassos dias (concretamente, a 18 de Novembro), Carlos Avilez estreou a sua última encenação, Electra, a partir de Electra e os Fantasmas de Eugene O'Neill​.

Se o espaço for efectivamente renomeado, o Estoril ficará com "dois teatros/auditórios com nomes de grandes lendas do teatro que trabalharam juntas por muitos anos, Mirita Casimiro e Carlos Avilez", aponta o documento.