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Prints for Gaza: fotógrafos unem-se para ajudar hospitais em colapso
A iniciativa Prints for Gaza reúne mais de uma centena de fotógrafos em torno de um objectivo comum: recolher fundos para ajudar os hospitais da Faixa de Gaza. A campanha termina a 21 de Dezembro.
Há, nos hospitais da Faixa de Gaza, cirurgias a decorrer sem anestesia, iluminadas por lanternas de telemóveis, realizadas por médicos que correm, a cada hora do dia, risco de vida. Os bombardeamentos israelitas são apenas um dos muitos desafios que médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar enfrentam desde o dia 7 de Outubro. Sem electricidade, sem água, sem combustível, sem renovação de mantimentos e com números crescente de feridos e pessoas em busca de um abrigo seguro a dar entrada, toda a ajuda que possa ser direccionada aos hospitais da Faixa de Gaza será, provavelmente, insuficiente para fazer face à situação de calamidade que enfrentam no presente.
Consciente desse facto, um conjunto de mais de cem fotógrafos de todo o mundo uniu-se em torno de um objectivo comum: recolher fundos e dirigi-los aos hospitais e organizações não-governamentais de saúde que prestam apoio (ou tentam fazê-lo) aos palestinianos na Faixa de Gaza. Como recolhem esses fundos? Vendendo fotografias.
Cada uma das mais de cem fotos que se encontram disponíveis para venda custa, ao comprador, 100€; o lucro que resulta dessa venda é dirigida à organização não-governamental Medical Aid for Palestinian (MAP), ao Hospital Al-Awda, através dos Médicos Sem Fronteiras, aos hospitais Beit Lahia e Al Shifa, todos localizados na zona norte da Faixa de Gaza, a mais afectada pelos bombardeamentos. Os dois últimos hospitais encontram-se já totalmente encerrados, sem capacidade para receber mais feridos, devido à falta de recursos básicos para a sua manutenção. Doentes oncológicos e renais, que necessitam de tratamento diário, vivem também um período crítico que pode determinar a sua morte prematura.
A venda online Prints for Gaza estará disponível até dia 21 de Dezembro. "A neutralidade das instalações médicas e dos campos de refugiados não tem sido respeitada", escreve a organização italiana Perimetro num comunicado dirigido ao P3. "Acreditamos que a emergência humanitária da Faixa de Gaza é a mais grave a ocorrer de momento. Comprem fotografia, ajudem as pessoas. Cessar-fogo, já."