A sua saúde mental é única e é diariamente moldada pela forma como gere as emoções e enfrenta o stress, o que influencia diretamente a sua perspetiva sobre a vida. Estudos revelam que manter uma saúde mental equilibrada traz consigo uma série de vantagens, tais como a capacidade de desfrutar plenamente a vida, lidar eficazmente com desafios, estabelecer e concretizar objetivos, assim como cultivar e sustentar relacionamentos significativos. Uma saúde mental equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção do burnout e no bem-estar geral.
O que é o burnout?
Quando pensamos em burnout, geralmente associamos a sintomas mentais e emocionais, como sentimentos de impotência, exaustão, e incapacidade de lidar com os desafios do dia-a-dia. No entanto, este também se pode manifestar em sintomas físicos, e é sensato reconhecer esses sinais e tomar medidas quando os detetamos.
O burnout é um estado de exaustão completa, afetando a saúde mental, física e emocional. Se estiver em burnout, é comum que sinta dificuldades em se envolver em atividades que outrora proporcionavam satisfação, bem como que perca interesse nas coisas que antes eram significativas. Muitas vezes, esta condição é acompanhada por um sentimento incontrolável de desespero.
O burnout não é causado apenas por ambientes de trabalho stressantes ou por um acumular de responsabilidades. Ele pode afetar qualquer pessoa submetida a níveis prolongados de stress crónico e pressão, seja no trabalho ou em casa.
Por mais que desejemos uma vida livre de stress, ele é uma resposta natural e necessária para os desafios humanos. Em pequenas quantidades, como ter um prazo a cumprir, o stress pode melhorar a saúde mental, aumentando a produtividade, a vigilância e os níveis de energia. No entanto, quando o stress se torna prolongado e superior à nossa capacidade de lidar, pode ser mental e fisicamente desgastante, transformando-se em stress tóxico!
Quando as pessoas estão sob stress tóxico, os seus corpos passam por mudanças que incluem a produção de níveis anormalmente altos de hormonas do stress, como cortisol, adrenalina, epinefrina e norepinefrina. Embora essas mudanças sejam benéficas a curto prazo, proporcionando a energia necessária para enfrentar desafios, com o tempo, as pressões modernas tendem a exceder a capacidade de adaptação do corpo, levando a sintomas físicos e mentais.
Aqui estão algumas formas de reconhecer o burnout e o que fazer:
Sintomas físicos
- Dores de cabeça, Dores de estômago/problemas intestinais;
- Fadiga, tendência para ficar doente mais frequentemente;
- Alterações no apetite/sono.
Sintomas emocionais
- Sentimentos de impotência ou sensação de fracasso;
- Satisfação reduzida, perda de motivação, sensação de isolamento.
Sinais comportamentais
- Redução no desempenho nas tarefas quotidianas;
- Procrastinação;
- Explosões emocionais;
- Consumo excessivo de café, álcool ou passagem de demasiado tempo em redes sociais.
É comum negligenciar estes sintomas, especialmente numa cultura que valoriza a carga de trabalho intensa.
Agora é o momento de fazer uma pausa, mudar de direção e aprender a superar o burnout.
Não ignore os sintomas e não assuma que eles não são relevantes. Se reconhecer alguns desses sinais de alerta, tanto no presente como no passado, considere as seguintes medidas para restaurar o seu bem-estar:
- Reconsidere a maneira como aborda o trabalho e a sua vida pessoal, buscando valor, propósito e equilíbrio.
- Reavalie as suas prioridades, reservando tempo para descansar e fazer pausas regulares ao longo do dia.
- Cultive a sua criatividade envolvendo-se em atividades interessantes.
- Faça da atividade física uma prioridade para impulsionar o seu bem-estar e vitalidade.
- Cuide do seu corpo por meio de uma alimentação saudável e garanta um sono de qualidade.
- Reserve alguns minutos diários para cuidar da sua saúde mental!
Por fim, embora possa parecer que estamos a adicionar mais tarefas à sua rotina, a investigação científica revela que elas representam a primeira linha de defesa contra os malefícios do stress. Diariamente, reserve um tempo para fazer algo que verdadeiramente lhe traga prazer, mesmo que seja apenas por 15 a 20 minutos.
Nunca subestime o poder de cuidar de si mesmo, a sua saúde merece ser a prioridade, ela é a primeira e mais poderosa defesa contra o burnout.
A autora escreve segundo o Acordo Ortográfico de 1990