A actriz Sharon Stone, que se tornou símbolo sexual depois da sua participação em Instinto Fatal (1992), contou no podcast Let's Talk Off Camera, com a apresentadora norte-americana Kelly Ripa que, antes, na década de 80, durante uma reunião com um antigo director da Sony Pictures, foi assediada sexualmente.
A estrela de Hollywood, de 65 anos, contou que foi chamada ao escritório do antigo chefe da Sony para uma reunião, tendo este começado por lhe tecer elogios. “Há décadas que não víamos ninguém como tu. (…) És a mais articulada. És tão inteligente e bonita — e esse cabelo”, terá dito o homem.
Só que, sem estar à espera, o executivo aproximou-se dizendo: “‘Mas primeiro…’, e tirou o pénis para fora em frente à minha cara”.
A actriz recorda que, muito nervosa, primeiro começou a rir e, depois a chorar “histérica” — e o empresário depressa desapareceu da sala. Foi depois acompanhada por uma secretária até à saída. “Não havia maneira de contar esta história antes”, explica, considerando que se o fizesse “a Sony nunca mais me contrataria”.
Stone não identifica o homem em causa, mas sabe-se que a Sony Pictures foi fundada em 1987, tendo inicialmente como co-presidentes Peter Guber e Jon Peters.
No passado, Stone já se tinha referido ao incidente, mas desdramatizando. Em 1992, à revista Movieline, relatou que “um produtor conhecido abriu a braguilha durante uma reunião”. E continuou: “Achei que era a coisa mais engraçada que alguma vez tinha visto. Quer dizer, se vamos representar um filme, não podíamos pelo menos representar um filme melhor?”
Agora, diz, consegue ser mais honesta sobre o episódio, que não foi isolado. Mas a actriz continua a recusar-se a dar nomes, apesar de confessar ter-se sentido pressionada a fazê-lo, sobretudo após o lançamento do seu livro de memórias, The Beauty of Living Twice.