Trinta anos de In Utero, dos Nirvana: um monumento furioso, sinistro, introspectivo
A edição comemorativa dos 30 anos do 3.º álbum dos Nirvana multiplica-se por diversos formatos, mas não precisamos de mais do que o álbum ele mesmo, testamento artístico definitivo do seu criador.
Cá estamos então novamente, cumprindo escrupulosamente o ritual protocolar da data redonda. Há dez anos, regressámos a In Utero numa edição comemorativa do seu 20.º aniversário que incluía as misturas originais de Steve Albini e demos e outtakes para dar conta do rápido processo de gravação. A ele regressamos novamente, inevitavelmente, 30 anos cumpridos desde a edição do terceiro álbum dos Nirvana, recebido primeiro como reacção visceral, crua e corrosiva, aos desejos da editora e dos milhares de novos fãs que aguardavam ansiosamente um Nevermind, pt.2 e recebido logo depois, morto Kurt Cobain, como uma nota de suicídio em forma de disco — famosas primeiras palavras, “teenage angst has payed off well / now I’m bored and old”; famosas últimas palavras, “what else should I be? / all apologies”.
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