}

Rui Moreira descarta concessão do Coliseu do Porto: “Continua a ser de todos os portuenses”

Após a votação do Conselho Metropolitano do Porto, que garantiu verba para fazer obras no Coliseu do Porto, autarca diz que estão reunidas as condições para edifício se manter na esfera pública

Foto
Continuará a ser a Associação dos Amigos do Coliseu a operar o Coliseu Adriano Miranda
Ouça este artigo
00:00
02:32

“Estas eram as condições que tínhamos colocado para não haver concessão.” Após o Conselho Metropolitano do Porto ter aprovado por unanimidade, na passada sexta-feira, uma verba para a realização das obras de reabilitação do Coliseu do Porto, a histórica casa da cidade tem condições para deixar cair a concessão, hipótese que estava, até agora, em cima da mesa.

“Continuará a ser a Associação dos Amigos do Coliseu a operar o Coliseu, que era o que todos queríamos. Continua a ser de todos os portuenses”, confirmou esta manhã o presidente da Câmara do Porto, no final de uma reunião privada do executivo. Rui Moreira congratulou-se com o entendimento dos municípios vizinhos sobre a matéria, adiantando que Valongo terá “levantado uma questão” posterior: “Não foi à reunião. Não votou. Espero que a AMP resolva esse assunto.”

O programa Portugal 2030, ao contrário do PRR, “não paga tudo”, apontou, ainda assim, o autarca do Porto, dando a garantia de que o município assumirá a sua parte. “Sempre tínhamos dito que desde que houvesse fundos iríamos a jogo. Estes fundos não chegam para tudo, mas na componente nacional estaremos disponíveis, como já fizemos noutros projectos.”

Na passada quinta-feira, o PÚBLICO avançou que a AMP se preparava para inscrever a candidatura das obras do Coliseu a fundos europeus. Miguel Guedes, que assumiu este ano a presidência da sala, avançava serem necessários 3,5 milhões de euros para a realização, “urgente e decisiva”, de obras de reabilitação.

Afinal havia outra… solução

Esta segunda-feira, Rui Moreira referiu que manter o Coliseu público e evitar a concessão são “boas notícias” e significam um regresso ao “plano a”. Mas em Julho de 2022, quando a concessão foi apresentada como a solução “definitiva”, o autarca referia também que isso não significava uma mudança nas intenções, mas antes um regresso ao plano “original”.

Um ano e pouco antes, autarquia e Ministério da Cultura haviam acordado assumir o custo da obra em partes iguais para evitar a concessão, prevista desde 2020, quando se estimou que a reabilitação do imóvel teria um custo de 8,5 milhões de euros.

Sérgio Aires, vereador do BE, mostrou satisfação com a solução, mas não evitou a ironia, ao dizer que “afinal havia outra… solução” que não a de concessionar o Coliseu do Porto a privados. Ilda Figueiredo congratulou-se, também, com o desfecho e a “participação da câmara” na solução. Alberto Machado, do PSD, e Tiago Barbosa Ribeiro, do PS, felicitaram a decisão de o Coliseu se manter público.

Sugerir correcção
Comentar