FC Porto continua intocável na Taça de Portugal

Portistas avançam sem sobressaltos, nem especial brilhantismo, frente a um Vilar de Perdizes que não foi ameaça, nem presa fácil.

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O esoterismo de Vilar de Perdizes foi insuficiente para que a equipa transmontana pudesse celebrar o oculto e apagar o fogo do detentor da Taça de Portugal, em jogo da terceira eliminatória disputado esta sexta-feira, em Chaves, com triunfo (0-2) dos "dragões".

Ainda distante da magia do futebol que o FC Porto continua a perseguir, a equipa de Sérgio Conceição somou a 15.ª vitória consecutiva na prova-rainha, a primeira da edição de 2023/24, que os portistas esperam concluir no Jamor com a terceira conquista consecutiva.

Sem surpresa, o técnico da "casa", Vítor Gamito, adaptou a equipa transmontana ao perfil do dono da Taça, transformando o 3x4x3 anunciado por Sérgio Conceição na antevisão da partida num bloco o mais hermético possível para resistir à chama do “dragão”.

Daí resultou um 5x4x1 disponível para, no limite, libertar Mendy e Samate para acções mais nobres numa ajuda a Paulo Costa, unidade mais avançada do Vilar de Perdizes. A relação de forças estava estabelecida, competindo ao FC Porto desmontar a estratégia do adversário do quarto escalão português.

Ciente da tarefa que esperava a equipa portista, Conceição colmatou a ausência de qualquer lateral esquerdo com a adaptação de André Franco ao corredor, deixando Galeno e Pepê profundamente dedicados à missão de descobrirem a mínima falha na muralha contrária.

Novidade, para além de Grujic na zona nevrálgica, foi a inclusão de Fran Navarro e Danny Namaso na frente de ataque. Mas o segredo para desbloquear este jogo residia na paciência e na capacidade do FC Porto para manter o garrote sem permitir que os raianos pudessem acreditar num qualquer milagre.

A verdade é que a primeira hora de jogo esgotou-se sem que os “azuis e brancos” conseguissem mais do que um remate perigoso de André Franco para defesa de Daniel Gomes, o que teria sido facilitado se Mendy não tivesse escapado a expulsão (12') por entrada sobre Pepê.

Uma falsa sensação de segurança para o Vilar de Perdizes, que não resistiu à segunda investida do igualmente falso lateral, que apareceu nos seus domínios para quebrar a resistência do adversário aos 36 minutos com um remate de meia-distância.

O jogo estava desbloqueado, reduzindo drasticamente as possibilidades de uma surpresa, que André Franco se encarregou de tornar praticamente nulas com uma assistência para Evanilson (65') marcar o segundo e sentenciar a eliminatória.

A partir daí, sucederam-se as alterações que partiram ainda mais um jogo em que o FC Porto manteve as rédeas enquanto desenhava mais um punhado de lances de golo, com Fábio Cardoso a desperdiçar a melhor de todas numa segunda parte que acabou por não desvendar os mistérios da equipa da aldeia mais mística de Portugal.

O Vilar de Perdizes optou por defender um resultado digno, acabando mesmo por não desfazer a linha defensiva, que acabou com cinco centrais.

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