PCP critica Orçamento: “falácia” dos impostos e ilusão do “aumento dos salários”

Paulo Raimundo acusa o Governo de recusar aumentar salários ou dar respostas na área da saúde tal como há dois anos, no Orçamento do Estado para 2022, que o PCP chumbou.

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Paulo Raimundo numa conferência de imprensa na sede nacional do partido LUSA/MIGUEL A. LOPES
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O líder do PCP, Paulo Raimundo, atacou esta segunda-feira a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), criticando o PS por criar uma "falácia" dos impostos e "iludir" quanto ao "aumento dos salários" com o apoio da direita e da CIP.

Numa conferência de imprensa em que apresentou as conclusões da reunião do comité central do PCP, que se realizou domingo e segunda-feira, o comunista afirmou que o Governo "assume três opções" na proposta do OE2024: "Limita salários e pensões, restringe a despesa e o investimento públicos" e "disponibiliza recursos", além de "privilégios ao grande capital".

"É esta a matriz de um orçamento a partir da falácia em torno dos impostos", uma "operação animada por PSD, CDS, Chega e IL" que "teve como protagonista a CIP [Confederação Empresarial de Portugal] e que visa iludir o aumento dos salários e ampliar os benefícios fiscais ao grande capital", acrescentou.

Paulo Raimundo defende que é necessário dar "respostas inadiáveis", tanto através do "aumento geral dos salários e das pensões" como do reforço dos serviços públicos, principalmente, do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que diz estar a ser "arrastado" pelas "mãos do Governo do PS para a sua destruição".

"O que se exige do Governo não é tomar medidas que afastem ainda mais as pessoas do SNS e as empurrem para os privados", antes que fixe e contrate profissionais, valorize salários e crie um "regime atractivo de exclusividade", argumentou.

O comunista lembrou ainda que já há dois anos, no âmbito do Orçamento do Estado para 2022, que o PCP chumbou, o PS "recusou o aumento dos salários" ou "medidas para fixar profissionais no SNS" e que essas “questões recusadas não só estão por resolver como se agravam”. “Há dois anos o país teve eleições em vez de soluções e os resultados estão à vista”, criticou.

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