Desemprego baixou em Agosto para 6,2%

Há 326,7 mil desempregados, menos 7,2 mil do que em Julho, mas mais 12,3 mil do que em Agosto do ano passado. Casos de subutilização do trabalho abrangem 621,3 mil cidadãos em Portugal.

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Dos 326,7 mil desempregados, 248,5 mil são adultos e 78,2 mil são jovens Rui Gaudêncio
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O nível de desemprego em Portugal baixou em Agosto em relação a Julho, passando de 6,3% para 6,2%, indicam os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Embora haja um recuo, a percentagem da população que se encontra desempregada em relação ao total da população activa continua mais alta do que há um ano – em Agosto de 2022, a taxa estava nos 6%.

Nos dois meses anteriores, em Julho e Junho, a taxa fora de 6,3%, o que representou uma quebra face a Maio.

A população desempregada diminuiu em Agosto 2,2% em relação a Julho (recuando para 326,7 mil pessoas, o que representa uma quebra de 7,2 mil pessoas), mas relativamente a Agosto de 2022 aumentou 3,9% (havendo agora mais 12,3 mil desempregados do que um ano antes), mostram os dados do INE, já ajustados dos efeitos de sazonalidade.

Dos 326,7 mil desempregados, 172,8 mil são mulheres e 153,9 são homens; 248,5 mil são adultos (dos 25 aos 74 anos) e 78,2 mil são jovens (dos 16 aos 24 anos).

O desemprego jovem atinge uma franja da população equivalente a 20,3% da população activa naquela faixa etária, uma subida face aos últimos registos, em que a taxa estava nos 20,1% (em Julho) ou abaixo dos 19% nos meses imediatamente anteriores, tal como acontecia em Agosto do ano passado (altura em que a taxa estava nos 18,8%).

Olhando para todo o universo da população, dos 16 aos 74 anos, há 5,27 milhões de cidadãos contabilizados como população activa, menos do que em Julho e Maio (mas já superior ao nível de Agosto de 2022). Em sentido oposto, a população inactiva aumentou face a Julho (e também em relação ao patamar de três meses antes), mas recuou face a um ano antes, passando para 2,41 milhões.

A população empregada (4948,0 mil) “registou uma variação relativa positiva em relação ao mês anterior”, ao que se verificava três meses antes e ao que se observava em Agosto de 2022.

Acompanhando a mesma tendência mensal de recuo da taxa de desemprego, a taxa de subutilização do trabalho – que contabiliza, além dos desempregados, uma série de outras situações em que os cidadãos estão fora do mercado de trabalho – continuou a baixar em Agosto. Há 621,3 mil pessoas contabilizadas no universo da subtilização do trabalho, o que corresponde a uma taxa de 11,5%. A taxa decresceu em relação a Julho (11,6%) e os dois meses imediatamente anteriores (11,7%) e, com esta quebra, ficou num nível idêntico ao de Agosto do ano passado (mês em que também estava nos 11,5%).

Este indicador complementar sobre o mercado de trabalho agrega a população desempregada (326,7 mil pessoas), o subemprego de trabalhadores a tempo parcial (146,6 mil), os inactivos que procuraram emprego nas quatro semanas anteriores ao inquérito do INE mas que não se encontravam disponíveis para começar a trabalhar imediatamente nas duas semanas seguintes (31,9 mil) e os inactivos disponíveis mas que não procuram emprego naquela fase das últimas quatro semanas ao inquérito (116,2 mil).

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