Portugal quer continuar a “lutar contra as equipas superiores”

No final da partida contra a Geórgia, onde os “lobos” alcançaram o primeiro empate num Mundial de râguebi, o seleccionador nacional lembrou que a “equipa é jovem e ainda tem tanto para aprender”

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Os jogadores portugueses no final não esconderam a frustração pelo empate Reuters/STEPHANE MAHE
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Voltou a ser uma demonstração de qualidade de Portugal na elite do râguebi mundial, mas, tal como tinha acontecido há uma semana depois da estreia frente ao País de Gales, o que seria um excelente resultado antes do início da partida, resultou num desfecho “amargo” para os portugueses. No final do encontro em Toulouse contra a Geórgia, onde os “lobos” conseguiram o primeiro empate num Campeonato do Mundo, o seleccionador nacional Patrice Lagisquet disse que o resultado é “frustrante” por tudo o que Portugal fez na segunda parte, mas recordou que a “equipa é jovem e ainda tem tanto para aprender”.

Na conferência de imprensa no Stade de Toulouse após a partida, Lagisquet não escondeu que, olhando para a primeira parte, "foi um milagre” Portugal ter conseguido o empate, mas, nos últimos 40 minutos, os “lobos” fizeram “tudo o que podiam para vencer”.

Orgulhoso pela exibição dos seus jogadores, o antigo internacional francês lembrou que “esta equipa é jovem e ainda tem muito para aprender”. “Estamos a crescer de jogo para jogo, mas ainda falta experiência”.

Sobre o que correu mal na primeira parte, o técnico deixou claro que perdoa “todos os erros, todas as más opções”, porque no pior momento, os jogadores “defenderam muito bem”. Isso, no entanto, não evitou uma conversa dura ao intervalo: "Para ser educado, não posso dizer aqui todas as palavras que disse no balneário.”

Para Lagisquet, as emoções nesta segunda partida podem ter condicionado o início de jogo de Portugal. “Foi uma grande emoção ver um enorme estádio a apoiar-nos. Quando descemos do autocarro, havia muitos adeptos e acho que isso teve um impacto nos jogadores, que não estão habituados. As coisas boas que fizemos na semana passada, também nos afectaram psicologicamente”, acrescentou.

O técnico nacional abordou ainda os próximos jogos, contra a Austrália e Fiji, dizendo que Portugal quer continuar a “lutar contra essas equipas superiores”. “Queremos ser tão bons quanto pudermos, irritar e perturbar o jogo deles. Vamos preparar-nos ao máximo para resistir. Precisamos de ter as ambições que tivemos na segunda parte [contra a Geórgia], assim como tivemos contra o País de Gales."

Já Jerónimo Portela, que voltou a ser o “10” de Portugal, não disfarçou o “sentimento amargo” no final, apesar de os “lobos” terem conseguido “pela primeira vez um empate nesta competição”. “Desde o início da preparação que dizemos que queríamos ser competitivos em todos os jogos. Temos conseguido. Agora precisamos de corrigir os erros deste jogo e começar a preparar a Austrália”, referiu o jogador do GD Direito.

Rodrigo Marta também disse que os jogadores portugueses estão “contentes” por terem “conseguido o primeiro empate num Mundial”, mas lamentou igualmente terem ficado “tão perto da vitória”: “Falhamos nos últimos momentos, o que é frustrante”.

O ponta português considera que na primeira parte Portugal teve “dificuldades em se adaptar ao jogo” da Geórgia, o que foi corrigido ao intervalo. “Sabíamos que éramos capazes de competir com a Geórgia e foi só rectificar algumas coisas no nosso plano de jogo - tentar melhorar nas fases estáticas e no jogo ao pé”, concluiu.

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