Porto
Com um pé na rua e outro ainda lá dentro: o futuro no Stop vive-se com incerteza
Avanços e recuos da Câmara do Porto põem músicos em sobressalto. Afinal, só daqui a dez dias úteis é que o centro será encerrado. Autarquia diz que solução passa pelos proprietários e oferece ajuda.
A temer o futuro: é assim que vive quem precisa do Stop para desenvolver a sua actividade artística ou a sua actividade comercial. As dúvidas são muitas e o tempo não cristaliza. Com um pé na rua e outro ainda lá dentro, para garantir que a porta do Stop não se fecha, vivem ansiosos com o desfecho de todo este processo que pôs cerca de 500 músicos em sobressalto e em estado de ansiedade.
A Câmara Municipal do Porto já encerrou uma vez o antigo shopping e anunciou, na sequência de um parecer dos serviços jurídicos da autarquia elaborado à luz de um relatório de uma inspecção realizada pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), que o mesmo voltará a acontecer, não nesta sexta-feira, como se previa inicialmente, mas daqui a dez dias, porque só nesta quinta-feira é que um despacho assinado por Rui Moreira chegou às mãos da administração do condomínio.
De um lado, músicos, lojistas e artistas de outras áreas vivem no limbo por não saberem o que é que vai acontecer. Do outro, entre avanços e recuos, a autarquia adianta agora que o cenário pode passar por se manter a actividade no centro comercial, que desde a segunda metade da década de 1990 funciona como um centro cultural informal. E diz estar disponível para participar em acções que visam angariar fundos para que se corrijam os problemas de segurança do espaço. Só que assinala: a bola agora está do lado dos proprietários.