A UNESCO já adicionou 27 novos monumentos à lista do Património Mundial este mês

O Comité do Património Mundial está reunido desde dia 10 em Riade, na Arábia Saudita, onde continuará a discutir a inclusão de novos monumentos até à próxima segunda-feira.

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A estação arqueológica Koh Ker, no Camboja, na lista de Património Mundial da UNESCO john w. banagan/getty images
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Até à próxima segunda-feira, o Comité do Património Mundial da UNESCO, a agência das Nações Unidas, está reunido em Riade, na Arábia Saudita, para decidir novas adições à lista de Património Mundial de acordo com os seus vários critérios. Estão a ser avaliadas, desde dia 10, propostas feitas entre 2022 e 2023. A 45.ª reunião deste órgão tem, como habitualmente, a missão de lembrar os signatários da Convenção do Património Mundial, firmada em 1972, da necessidade de proteger os monumentos e sítios classificados.

Dos 50 candidatos que iam ser apreciados, já houve o anúncio de várias adições tanto à lista geral de Património Mundial quanto à lista de Património Mundial em Risco, que, como o nome indica, contempla monumentos ou sítios que estejam em perigo de desaparecer ou de sofrer algum tipo de tragédia. Na lista de Património Mundial em Risco, mais restrita, entraram, foi anunciado na semana passada, dois monumentos ucranianos que estão sob risco de ataque directo ou ondas de choque de outras incursões. A cidade de Veneza, que se esperava que fosse entrar nesta lista, escapou à inclusão dos monumentos que correm perigo. Nos próximos dias ainda poderão ser anunciados mais monumentos.

Esta terça-feira, foi anunciada a duplicação da zona do centro histórico de Guimarães, isto no campo do Património Mundial. De fora ficou, em Portugal, os jardins e edifício da Fundação Calouste Gulbenkian, que estava na lista inicial de votação e acabou por ser aconselhada a retirar a sua candidatura, para a adiar para depois. Portugal não tem nenhum monumento na lista em risco, tendo 17 na lista geral. Contam-se, entre eles, a região vínica do Alto Douro, o Mosteiro de Alcobaça, o centro histórico de Évora, a paisagem cultural de Sintra, Foz Côa, a Universidade de Coimbra ou o Bom Jesus em Braga.

Entre os 27 monumentos já anunciados contam-se, por exemplo, a estação arqueológica Koh Ker, no Camboja, o centro medieval judaico de Erfurt, na Alemanha, Kuldīga, cidade na Letónia, os caravanserai persas no Irão, a ilha de Djerba, na Tunísia, a rota da transumância Köç Yolu, no Azerbaijão, a floresta do Parque Odzala-Kokoua, no Congo, os vulcões e florestas do monte Pelée e os picos da ilha Martinica, ou os observatórios anatómicos da Universidade Federal de Cazã, na Rússia.

As ruínas de Tell es-Sultan, da cidade antiga de Jericó, na Palestina, foram também anunciadas, o que foi recebido, segundo a CNN, com agrado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana e desagrado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, que é citado a referir-se à inclusão como "outro sinal do uso cínico da UNESCO pelos palestinianos e a politização da organização", esta última uma acusação recorrente de Israel contra a organização.

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