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Greve Global pelo Clima dá início a maratona de protestos pelo fim dos combustíveis fósseis
Protesto convocado pelo movimento Fridays for Future, liderado em Portugal pela Greve Climática Estudantil, dá início a um fim-de-semana de protestos em dezenas de países na contagem decrescente para a Cimeira das Nações Unidas sobre a Ambição Climática, a 20 de Setembro, em Nova Iorque, EUA.
Milhares de activistas climáticos saem à rua em mais de 50 países, entre sexta-feira e domingo, num fim-de-semana de protestos para exigir aos governos que ponham termo à queima de combustíveis fósseis que aquece o planeta. Os manifestantes planearam mais de 500 concentrações em 54 países — desde o Paquistão e a Nigéria até aos Estados Unidos. Em Portugal, a Greve Climática Estudantil tinha previsto uma marcha em Lisboa para a Cidade Universitária, mas mudou os planos do protesto desta sexta-feira para uma concentração à frente do Ministério Público de Oeiras, “em solidariedade com as estudantes detidas” numa acção dos activistas climáticos na quinta-feira, quando tentaram bloquear o Conselho de Ministros, em Algés.
Os organizadores dos protestos apelam aos governos para que acabem imediatamente com os subsídios ao petróleo e ao gás e para que cancelem quaisquer planos de expansão da produção. De acordo com uma análise do FMI, os governos gastaram um recorde de sete biliões de dólares (cerca de 6,5 biliões de euros) em subsídios ao petróleo, gás e carvão no ano passado.
“O tempo da indústria dos combustíveis fósseis acabou. Precisamos de uma transição justa e precisamos de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis que estão a causar a destruição do nosso ambiente”, disse à Reuters Mitzi Jonelle Tan, activista climática do movimento Fridays for Future, em Manila, nas Filipinas.
Num ano em que se registam cada vez mais mortes e destruição económica devido a inundações, incêndios florestais e secas que bateram recordes, a organização dos protestos espera que a participação global durante o fim-de-semana some mais de um milhão de pessoas. Esta acção poderá fazer deste fim-de-semana o maior protesto internacional contra o clima desde antes da pandemia da covid-19, quando o movimento da Greve Climática Estudantil, espoletado pela activista sueca Greta Thunberg, viu milhares de pessoas em todo o mundo juntarem-se às marchas.