Fotogaleria
No Salão Automóvel de Munique acelera-se para o futuro (e revela-se o novo Renault Scenic)
O Salão Automóvel de Munique traz algumas novidades, como o Renault Scenic, revelado nesta manhã, mas sobretudo soluções de mobilidade e visões de futuro. De 5 a 10 de Setembro.
Num dia dedicado exclusivamente a profissionais, na véspera da abertura oficial, nesta terça-feira, o Salão Automóvel de Munique (IAA, na sigla original) mostrou optimismo, entre vários concepts, que deixam adivinhar os caminhos que algumas marcas pretendem percorrer, e, claro, algumas novidades.
Em destaque, o novo Renault Scenic foi revelado, na manhã desta segunda-feira, com o mesmo sentido prático com que foi idealizado na década de 90 do século passado, mas agora somente em versões 100% eléctricas, seguindo o caminho do Megane.
Já sem as formas de monovolume, caídas em desuso, e com algum jeitinho de SUV (ainda que as suas dimensões o neguem), o Scenic vale-se de uma longa distância entre eixos e de um piso direito para oferecer uma generosa habitabilidade em todas as direcções.
Nas mecânicas, as propostas incidirão num sistema eléctrico, servido com 170 ou 220cv, e duas baterias, com capacidades de 60 kWh (autonomia em torno dos 420 quilómetros) e de 87 kWh (autonomia para 620 quilómetros).
Noutro pavilhão, no Grupo VW, o destaque foi para a certeza do director executivo, Oliver Blume, de que está tudo preparado para uma Europa totalmente eléctrica. “Estamos preparados para a proibição da combustão na Europa em 2035”, disse Blume aos jornalistas no salão automóvel, citado pela Reuters.
Na conferência de imprensa, o grupo destacou o concept do Audi Q6 E-tron, assente numa nova plataforma, que dará vida a uma nova geração de automóveis eléctricos, e exibiu, com uma certa dose de orgulho, o VW ID GTI, um concept que transporta “o desempenho dinâmico e desportivo para o mundo da mobilidade eléctrica”, com uma reinterpretação do GTI de 1976 (muda o significado do I; em vez de injecção passa a remeter para inteligência).
Noutro braço da companhia, na Cupra, o destaque foi para o Tavascan, o primeiro SUV eléctrico da marca de ADN desportivo.
Na BMW, também uma novidade relevante, com o Vision Neue Klasse, em cujas linhas se pode adivinhar já como se apresentará o Série 3 eléctrico.
Já a Mercedes-Benz, que não podia de deixar de trazer o novo Classe E, no caso na variante 400 4Matic, brilhou com mais força o Mercedes-Benz Vision One-Eleven, um exercício inspirado no icónico C 111, com uma linguagem de design “altamente dinâmica” e uma “inovadora tecnologia de propulsão totalmente eléctrica”.
Como não podia deixar de ser, mais uma marca de origem alemã a dar cartas em casa foi a Opel, com três estreias: Opel Astra Sports Tourer Electric, Opel Corsa Electric e, não menos relevante, o Opel Experimental e o Opel Blitz, dois concepts que, declarou o CEO da marca, Florian Huettl, “simbolizam o futuro eléctrico da marca".
Numa feira onde as marcas alemãs beneficiam de se sentirem em casa, os chineses deram cartas. A BYD, que se estreou em Portugal neste ano, trouxe não só toda a sua gama, do pequeno Dolphin ao elegante Han, como decidiu dar um empurrão à marca de veículos eléctricos Denza, que resulta de uma joint-venture com a Mercedes-Benz.
Já a MG apresentou o desportivo 100% eléctrico Cyberster ou o MG Marvel R, com potência a rodos, enquanto a Seres, subsidiária da Huawei, exibiu os dois modelos com que pretende conquistar uma fatia de fãs europeus: o SUV coupé Seres 5 e o crossover Seres 3.
Menos conhecidas, o Dongfeng e a Hiphi mostram-se prontas a abrir caminho à comercialização dos seus veículos na Europa. A primeira com uma carrinha; a segunda com um SUV e dois sedans, um dos quais, o Z GT, presente no salão.